Com a vitória do socialista François Hollande, a União Europeia vai ter que dialogar com uma França mais de esquerda. Em seu primeiro discurso após eleito, Hollande disse que a austeridade “não é uma fatalidade”. O novo presidente francês declarou ter como missão dar uma dimensão de crescimento à Europa e reafirmou a intenção de renegociar o pacto fiscal europeu, que impõe limites rígidos aos gastos públicos dos países do bloco. Para isso, pretende flexibilizar os prazos para que os governos possam reduzir seus déficits públicos e as suas dívidas. Hollande defende que a redução de gastos deve estar aliada à políticas que favoreçam o crescimento, que agora é hora de investir para a retomada do desenvolvimento, e que chegou a hora de dar um basta a cortes orçamentários e medidas de austeridade na Europa. Mas, a correspondete da RFI em Bruxelas, Letícia Fonseca, observa que uma renegociação do pacto fiscal poderia levar meses ou até anos. E alguns analistas políticos e financeiros apostam que Hollande não vai cumprir essas ameaças de renegociar o pacto fiscal europeu.
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