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Portugal/Economia

Greve em Portugal reúne milhares em protesto contra vida difícil

Nesta quinta-feira, em Portugal, numerosos serviços públicos, principalmente os transportes, foram paralizados por uma greve geral contra as medidas de austeridade instauradas pelo governo, em troca da ajuda financeira concedida em maio do ano passado pela União Europeia e Fundo Monetário Internacional. A economia local continua a se retrair e Portugal não descarta a possibilidade de um empréstimo suplementar.

Portugueses nas ruas de Lisboa protestam contra custo de vida e falta de trabalho.
Portugueses nas ruas de Lisboa protestam contra custo de vida e falta de trabalho. Reuters/Rafael Marchante
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Milhares de portugueses disseram "sim" ao apelo de greve geral lançado pelo sindicato CGTP. 

Em Lisboa, o metrô ficou na garagem e a atividade nos principais portos do país também foi mínima. Cartazes com os dizeres "Basta"e "Greve Geral" invadiram as ruas da capital e de outras cidades. O principal sindicato português, CGTP, o único a fazer um apelo à greve, ficou satisfeito com a mobilização, que foi bastante seguida nas escolas públicas, hospitais, tribunais, correios, bibliotecas, museus e outros serviços.

Terceiro país da zona do euro a obter ajuda financeira, depois da Grécia e da Irlanda, Portugal beneficiou de um empréstimo de 78 bilhões de euros em troca de um plano de reformas marcado por medidas de austeridade sem precedentes; medidas que provocaram uma desaceleração da economia, que deve ter uma retração de 3%, no mínimo. A taxa de desemprego se situa hoje em torno de 14,5%. A vida da população está cada vez mais difícil, o poder aquisitivo despencou e comerciantes vêm fechando as portas diante da falta de clientes.

O panorama negativo alimenta os rumores de que o país poderia precisar de uma ajuda suplementar.

Projeto de trem-bala anulado

A crise financeira levou Portugal a suspender definitivamente o projeto de construção do trem de alta velocidade que deveria ligar sua capital a Madri, em menos de três horas.

Previsto inicialmente para 2013, o trem-bala deveria inserir Portugal à rede europeia da grande velocidade. O atual governo de centro-direita confirmou a decisão de cancelar o projeto "faraônico" proposto pelo governo socialista anterior.

Em termos de rede transeuropeia, a prioridade do governo português será o transporte ferroviário a partir dos portos de Sines (sul) e Aveiro (centro) a fim de favorecer a competitividade e as exportações portuguesas. Uma escolha que caminha no sentido da recuperação econômica que o país tanto precisa.
 

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