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Grécia/Crise

Partidos e governo chegam a acordo sobre plano de rigor na Grécia

Os partidos gregos da base governista finalmente deram o sinal verde ao novo plano de austeridade exigido pelos credores de Atenas em troca do segundo pacote de ajuda ao país de 130 bilhões de euros. A informação foi confirmada por Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu. Hoje à noite, os ministros das Finanças da zona do euro se reúnem em Bruxelas para discutir o caso da Grécia.

Membros do Sindicato de Servidores Públicos da Grécia fazem manifestação nesta quinta-feira, em Atenas, contra o desemprego e a situação de crise no país.
Membros do Sindicato de Servidores Públicos da Grécia fazem manifestação nesta quinta-feira, em Atenas, contra o desemprego e a situação de crise no país. REUTERS/Yiorgos Karahalis
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As negociações entre o premiê Lucas Papademos e os partidos da base governista estavam emperradas há vários dias. De acordo com a imprensa grega, os líderes dos partidos não esperavam um plano da troika europeia, formada pela União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, tão intransigente. Ontem, durante uma reunião com os líderes da base aliada, o primeiro-ministro Lucas Papademos teria inclusive telefonado para o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, para obter mais detalhes.

Segundo informações que vazaram para a imprensa, as medidas de austeridade prevêm uma redução de 22% do salário mínimo, cortes de 15% nas aposentadorias complementares de funcionários públicos, além da diminuição dos salários e cortes de 15 mil vagas no setor público.

A aprovação do texto, e a liberação do pacote de 130 bilhões de euros, é uma condição para a Grécia honrar o pagamento da parcela de 14,5 bilhões de euros que vence no dia 20 de março e corresponde aos juros da dívida soberana do país.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, disse que, no máximo até o dia 15 de fevereiro, seria lançada a oferta pública de troca de títulos, uma tentativa de diminuir a dívida pública do país em 120% do PIB até 2020, em vez dos 160% atuais. Os credores privados da Grécia discutem a questão nesta quinta-feira, durante um encontro em Paris.

A Grécia está há cinco anos em recessão. Para protestar contra as novas medidas de austeridade, os sindicatos convocaram novas manifestações nesta quinta-feira à noite, dois dias depois da greve geral que levou 20 mil pessoas às ruas nas principais cidades gregas.

Mais de 1 milhão de desempregados

A Grécia registrou em novembro do ano passado o recorde histórico de mais de 1 milhão de desempregados, o pior desempenho do mercado de trabalho desde que o país entrou na zona do euro. O país de 11 milhões de habitantes tinha em novembro 20,9% de sua população economicamente ativa desempregada.

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