Ministros estrangeiros se reúnem na França para discutir segurança nuclear
Representantes de 30 países reúnem-se nestas terça e quarta-feiras na sede da Orgazinação de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para discutir sobre novos acordos de cooperação em matéria de segurança nuclear, quase três meses após o acidente nuclear de Fukushima.
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Estão presentes no evento representantes de 33 países, como Índia, Rússia, Polônia, Japão e Alemanha, que prevê abandonar o uso da energia nuclear até 2022.
“Nós não podemos continuar a lidar com a energia nuclear como antes do acidente na central de Fukushima”, afirmou a ministra do Meio Ambiente francesa, Nathalie Kosciusko-Morizet, a jornalistas. “Nós devemos imperativamente melhorar a cooperação internacional em matéria de segurança nuclear”, estimou a ministra.
Ela adiantou que “os países presentes encontraram convergências precisas e concretas”, como a generalização dos testes de resistência, inspeções mais detalhadas nas instalações existentes e um reforço das normas de segurança nuclear. As propostas deverão ser apresentadas na reunião da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), prevista para acontecer nos próximos dias 20 a 24 de junho em Viena, na qual deverão ser definidos novos objetivos para aumentar a segurança nuclear em todo o mundo.
O encontro de ministros em Paris prevê ainda uma visita a um observatório de prevenção de riscos sísmicos e riscos ligados ao uso do hidrogênio. O evento foi alvo de críticas de especialistas do lobby anti-nuclear, afirmando que ele deverá servir à França para vender ao exterior suas tecnologias nucleares.
Com a colaboração de Victória Álvares
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