Segunda greve do ano contra plano de austeridade paralisa a Grécia
A segunda greve geral na Grécia desde o início do ano perturba o setor de transportes e toda a rede de serviços públicos, como escolas e hospitais. Ônibus municipais, trens e as balsas de ligação entre as ilhas gregas estão fortemente afetados. O tráfego aéreo fica suspenso durante quatro horas, no início da tarde no horário local.
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Segundo a imprensa local, o governo grego estaria próximo de fechar um acordo com a União Europeia e o FMI para um novo pacote de ajuda financeira de 50 a 60 bilhões de euros em troca de uma aceleração do programa de privatizações. Mas nesta quarta-feira os trabalhadores gregos decidiram cruzar os braços para protestar contra novas medidas de austeridade.
As repartições públicas estão fechadas em todo o país, refletindo a paralisação convocada pelos principais sindicatos dos setores público e privado. Até a mídia aderiu ao movimento, com uma paralisação de 24 horas nas estações de rádio, televisão e jornais.
O governo grego reforçou o policiamento nos trajetos previstos para as passeatas, prevendo novos distúrbios violentos provocados pela infiltração de grupos radicais. Há exatamente um ano, uma greve geral terminou em tragédia na Grécia. Três empregados de um banco de Atenas morreram asfixiados num incêndio provocado por uma bomba de coquetel molotov lançada contra a agência bancária.
Nesta nona greve geral desde o início da grave crise financeira do ano passado, os gregos protestam contra novas medidas de arrocho e a intensificação do programa de privatizações anunciada pelo governo. Um novo pacote econômico de ajuda à Grécia é avaliado por uma missão de técnicos da União Europeia e do FMI que chegou ontem a Atenas.
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