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Copa do Mundo Feminina: Espanha e Inglaterra jogam final histórica em Mundial com recorde de público

Aconteça o que acontecer no estádio Sydney na Austrália no domingo (20), este Mundial já tem um vencedor: o futebol feminino internacional. Entretanto, uma nação será coroada campeã amanhã pela primeira vez em sua histária: a Copa do Mundo Feminina, que quebrou diversos recordes dentro e fora do campo, chegará ao seu clímax com uma final inédita entre Inglaterra e Espanha.

Salma Paralluelo, estrela da seleção espanhola que disputa sua primeira final de Copa do Mundo neste domingo (20).
Salma Paralluelo, estrela da seleção espanhola que disputa sua primeira final de Copa do Mundo neste domingo (20). © AFP - MARTY MELVILLE
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Cerca de 75 mil torcedores são esperados mais uma vez no estádio Sydney, na Austrália, para celebrar o clímax da Copa do Mundo, que vem quebrando recordes de público nos estádios da Austrália e da Nova Zelândia, além de programas de televisão e streaming, desde 20 de julho.

Além do entusiasmo popular, que também se fez notar pelos números de audiência na Austrália - 17,15 milhões de espectadores viram o jogo Austrália x Inglaterra - a competição foi palco de várias surpresas: muitas das favoritas foram eliminadas prematuramente, e de forma histórica.

A Alemanha foi eliminada na fase de grupos junto com o Brasil, a Itália e o Canadá, campeão olímpico. Em seguida, os Estados Unidos, das atuais bicampeãs, foi eliminado nas oitavas de final - a eliminação mais precoce de sua trajetória.

Por outro lado, algumas nações emergiram: África do Sul, Jamaica e Marrocos chegaram às oitavas de final pela primeira vez. E a Colômbia, incentivada por milhares de torcedores, chegou pela primeira vez às quartas de final, perdendo para a Inglaterra por 2 a 1, mas saudada pelos fãs de futebol de todo o mundo.

"Conto de fadas" do futebol

As façanhas das equipes mais baixas do ranking também provam aos fãs do esporte que o desnivelamento diminuiu consideravelmente no futebol feminino. Mesmo que, no final, duas das melhores equipes do mundo, e com o maior investimento nas bases do futebol, se enfrentem na final.

A Inglaterra de Sarina Wiegman é a atual campeã europeia, enquanto a Espanha, que participa apenas de sua terceira Copa do Mundo, já venceu as Copas do Mundo Sub-20 e Sub-17 em 2022.

Essa será a primeira final em seus percursos esportivos, já que as duas equipes, que se enfrentaram nas quartas de final da Eurocopa do ano passado (2 a 1 para a Inglaterra na prorrogação), nunca chegaram a esse nível em uma Copa do Mundo.

A treinadora das "leoas" inglesas, Wiegman, também está quebrando recordes. A holandesa está prestes a chegar à final de um grande torneio pela quarta vez consecutiva, após a Euro-2017 e a Copa do Mundo de 2019 no comando da Holanda e, em seguida, a Euro-2022 com a Inglaterra.

Já muito respeitada em seu país de origem, ela agora está a apenas uma vitória de se juntar a Alf Ramsey, que levou a Inglaterra ao título masculino em 1966, a única Copa do Mundo da Inglaterra. "Nunca dou nada por garantido, mas é como viver em um conto de fadas", explicou a técnica, que poderá contar com Lauren James, que voltou da suspensão. 

As inglesas não se mostraram totalmente perfeitas durante a preparação para uma eventual consagração, mas fizeram bom uso da sua experiência, especialmente na disputa de pênaltis contra a Nigéria nas oitavas de final. "Sabemos o quanto a nossa nação é apaixonada por nós e o quanto ela quer que vençamos", disse a capitã da Inglaterra, Millie Bright, no sábado. "Temos um plano de jogo a ser executado e precisamos jogar a partida de nossas vidas.".

A Espanha também teve dificuldades, perdendo de 4 a 0 para o Japão no último jogo do grupo. "O que queremos fazer amanhã (domingo) é sermos os melhores do mundo, e faremos isso vencendo a final", disse o técnico da Espanha, Jorge Vilda, no sábado.

La Roja também desafiou a turbulência fora do campo, já que os preparativos para a Copa do Mundo foram interrompidos pelo conflito entre 15 jogadores e o técnico, que foi criticado por sua gestão.

Bonmati, uma força criativa

Apesar da ausência de 12 jogadoras, incluindo pelo menos cinco titulares - três jogadoras retornaram - a Espanha está a um passo de dominar o mundo. Assim como as jogadoras inglesas lesionadas (Leah Williamson e Beth Mead), as atletas que se recusaram a jogar sob o comando de Vilda quase não fizeram falta, o que comprova a extensão dos recursos de ambas as equipes.

Alexia Putellas, duas vezes vencedora da Bola de Ouro, foi reduzida momentaneamente a um papel secundário, enquanto tentava recuperar a forma física após uma lesão.

Em seu lugar, a armadora do Barcelona, Aitana Bonmati, que foi uma das 15 que protestaram, se estabeleceu como a força criativa da Espanha, assim como a jovem Salma Paralluelo, que fez duas partidas sensacionais contra a Holanda e a Suécia.

(Com AFP)

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