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"Queremos cerveja!", torcedores fazem longas filas para beber álcool no Catar

“Queremos cerveja, queremos cerveja, por favor”, insiste o nova-yorquino no começo da fila, impaciente para consumir álcool.  Americanos, marroquinos, argentinos e muitos brasileiros aguardam pacientemente até a abertura, pontualmente às 19hs, do único lugar onde é permitido tomar álcool na Fan Fest da Fifa, um imenso espaço de convivência e diversão em Doha onde há telões gigantes para ver as partidas de futebol.

Torcedores aguardam a abertura do único lugar onde é permitido tomar álcool na Fan Fest da Fifa.
Torcedores aguardam a abertura do único lugar onde é permitido tomar álcool na Fan Fest da Fifa. © Elcio Ramalho/RFI
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Elcio Ramalho, enviado especial a Doha

Dois dias antes da abertura do Mundial, a Fifa anunciou que após discussões com as autoridades do Catar, seria proibida a venda de álcool nos estádios e arredores.

No emirado, muçulmano e conservador, o consumo de álcool é rígido e proibido em lugares públicos. O Catar voltou atrás em sua decisão de permitir a venda de álcool nos oito estádios da Copa, três horas antes e uma depois de cada jogo.

No entanto, a marca de cerveja Budweiser, uma das patrocinadoras do Mundial, manteve a venda do produto sem álcool nos estádios.

O mineiro Guilherme Peres, que foi ao estádio ver o jogo de estreia da Argentina, preferiu abrir mão da cerveja sem álcool: “O clima estava tão bom que não fez falta, tomei uma água a US$ 15 dólares, mas cerveja sem álcool não encaro, não”, diz diante da hesitação em encarar uma longa fila na Fan Fest:  “Estou na dúvida aqui, esperar uma hora e meia para tomar cerveja vai ser osso”.

Clayton Silva, médico de Picos, no interior do Piauí, diz que vai esperar e respeitar as regras. “Onde a gente vai, sempre respeitamos as regras. Vamos tomar uma cervejinha dentro do lugar adequado, na quantidade moderada, ninguém vai dar trabalho. Vamos beber porque faz parte da nossa cultura”, diz enquanto espera na fila.

Cerveja cara e limitada

Limitado a quatro copos por pessoa, meio litro de cerveja custa caro, o equivalente a R$ 73. Thiago Viscardi saiu contente com o máximo que pode comprar. “Quando libera a gente tem que pegar bastante para dar tempo. Está carinho, está pesado para a gente, mas nessas horas, tem que se divertir”, diz.

Alexandre Selegato e sua mulher Caroline também encararam a fila e o preço. “O preço, como já era esperado, não é muito atrativo, a cerveja não está muito gelada, mas está valendo a pena, é o que tem para hoje”, brincou.

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