Clubes revoltados com cobrança de 75% de impostos sobre altos salários
O presidente francês, François Hollande, recebe hoje no Palácio do Eliseu dirigentes da Federação francesa de futebol e seis presidentes de clubes de futebol da 1° divisão. Em pauta, a cobrança de um imposto de 75% sobre os salários acima de 1 milhão de euros anuais, o equivalente a 3 milhões de reais.
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O governo voltou a confirmar que não volta atrás na cobrança deste imposto que deve atingir salários de 118 jogadores e 8 treinadores. Os clubes calculam que esse imposto provisório, previsto para durar dois anos para ajudar a economia francesa em crise, vai sair caro: 44 milhões de euros. Quase a metade, 20 milhões, seriam pagos só pelo Paris Saint Germain, dos brasileiros Thiago Silva, Marquinhos e Lucas.
Os dirigentes sabem que não vão conseguir escapar da cobrança, mas vão defender mudanças porque consideram que os clubes de futebol não empresas como as outras e muitos deles são deficitários. Os cartolas vão pedir principalmente que a cobrança não seja retroativa e sim, para os novos contratos e que imposto incida sobre o salário líquido e não bruto.
No projeto original, os que recebem salários acima de 1 milhão de euros é que deveriam pagar o imposto mas depois da medida ser considerada ilegal, o texto foi modificado e cabe às empresas pagar o imposto de 75%, no caso, os clubes. Os dirigentes temem que o futebol francês fique menos atraente para as grandes estrelas desse esporte.
Uma greve foi programada no final de novembro com a suspensão de jogos do campeonato. A reação dos torcedores ainda é uma incógnita. Uma recente pesquisa revelou que 67% dos franceses são a favor de que o imposto seja pago pelos atletas e não pelos clubes de futebol.
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