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Copa Brasil/França

Vitória da França sobre Brasil na Copa de 86 completa 25 anos

O dia de graça para o futebol francês. Assim o esportivo L’ Équipe resume o que representou o dia 21 de junho de 1986 para a França depois de eliminar o Brasil nas quartas-de-final do Mundial do México. Para o jornal, o jogo que terminou em empate de 1 a 1 no tempo regulamentar e com a classificação da seleção francesa após vencer por 4 a 3 a disputa nos pênaltis entrou para a história como um dos mais memoráveis do futebol mundial.  

O jornal L'Equipe retraça a vitória da França sobre o Brasil na Copa de 86.
O jornal L'Equipe retraça a vitória da França sobre o Brasil na Copa de 86. Reprodução jornal L'Equipe
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Em um suplemento especial de 4 páginas, o L’Équipe revive o dia em que Michel Platini e cia, contrariando todas as expectativas, eliminou a seleção brasileira do treinador Telê Santana. Em entrevistas, os principais personagens desta façanha relembraram os momentos intensos vividos antes, durante e depois da partida disputada no estádio Jalisco, em Guadalajara.

Para os franceses, o nome evoca um choque de titãs que deixou todos os expectadores no estádio e telespectadores espalhados pelo mundo, completamente chocados e de queixo caído.
Segundo o L’Équipe, trata-se de uma virada que representou a maior conquista do futebol francês até então.

O goleiro Joel Bats, considerado o herói da partida ao defender o pênalti de Zico no segundo tempo que levou a disputa para os pênaltis, diz que é sempre lembrado pelo jogo contra a seleção brasileira no Mundial do México e por isso parece ter a impressão de ter jogado apenas essa partida em toda a sua carreira.

O zagueiro Amoros mantém viva na sua lembrança a imagem das arquibancadas tomadas pelo torcedores vestidos de verde e amarelo, o que deu a impressão da equipe jogar no Brasil. “Onde viemos parar ?, comentavam os jogadores franceses que tiveram dificuldade em se concentrar diante das arquibancadas dominadas pela torcida brasileira.

Outros dois zagueiros, Battiston e Bossis, disseram ao jornal que a equipe estava completamente perdida em campo diante do jogo envolvente dos brasileiros e do oportunismo do atacante Careca que abriu o placar aos 18 minutos do primeiro tempo. Em entrevista de uma página, o maior ídolo do futebol francês da época, Michel Platini, que comemorou 31 anos no mesmo dia, afirmou que não foi o melhor desempenho seu em campo, apesar de ter sentido “alguma coisa” naquele tarde histórica para o futebol francês. O gol de empate aos 42 minutos do primeiro tempo, foi o último de Platini com a camisa francesa. “Nada mal terminar com um gol contra o Brasil, a melhor equipe do mundo”, disse Platini ao jornal esportivo.

Em sua edição especial dedicada a celebrar os 25 anos da vitória da França sobre o Brasil, o L’Équipe ouviu apenas um jogador brasileiro, o zagueiro Júlio César, que bateu na trave o último pênalti que decretou a eliminação do Brasil. “Foi como ter levado um tiro mortal”, disse o jogador lembrando que no vestiário todos os jogadores brasileiros choraram. “Foi horrível, extremamente brutal. Tínhamos acabado de perder uma super batalha contra uma bela seleção francesa”, concluiu o zagueiro.
 

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