Sensualidade sul-coreana e "paizão" alemão impressionam em Cannes

Uma trama que une impostores, sexo e amor em uma Coreia sob ocupação japonesa. Um belo caso de amor paterno em Bucareste . Estes são os temas dos filmes em competição deste sábado (14) no Festival de Cannes.  

Ha Jung-Woo e Kim Min-Hee em cena de "Mademoiselle", de Park Chan-Wook. DR

Enviada especial da RFI Brasil a Cannes

O primeiro longa asiático a ser projetado no festival é“Mademoiselle”, do sul-coreano Park Chan-Wook, conhecido por seu universo particular, amoral e surpreendente . Nos anos 30, quando a Coreia estava sob ocupação do Japão, uma jovem é contratada como dama de companhia de uma rica japonesa que vive reclusa em um palacete. A jovem, com a cumplicidade de um impostor que finge ser um conde, começa um jogo de sedução e tenta convencer  sua bela patroa a se casar com ele. Park Chan-Wook dirigiu oito filmes, entre eles, o famoso Old Boy, Grande Prêmio do Festival de Cannes em 2004.

O filme foi muito aplaudido depois da projeção, surpreendendo com uma trama complexa que deixou todo mundo colado à tela do começo ao fim.

Amor de pai sem limites 

Mudando de continente, e de registro, a diretora alemã Maren Ade apresenta o seu “Toni Erdman” . Na trama, Inês, uma mulher super certinha, numa grande empresa em Bucareste e leva uma vida perfeitamente regrada; até seu pai aterrissar em sua vida e perguntar: “Você é feliz?”. Entrão, invasivo, o pai vai tentar ajudar Inês a dar um sentido à sua vida, através de um personagem que ele inventa chamado Toni Erdman. Este é o terceiro filme de Maren Ade.

As reações da imprensa foram positivas e o filme arrancou elogios como "enternecedor, mas não ingênuo" ou "equlibrado entre a expressão da emoção e o lado contido".