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Imprensa francesa: Zelensky ganhou "imensa visibilidade" e apoio no G7, mas não do Brasil

Encerrada a cúpula do G7 no Japão, a imprensa francesa avalia a participação inesperada do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. No plano diplomático, o governo japonês foi presenteado com um fato consumado, diz a revista L'Express. "O que não é de bom gosto em um país que é resistente a surpresas", comenta o enviado especial a Hiroshima. Já a delegação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a falar em uma "armadilha", acrescenta o jornalista.

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao centro, e líderes de países convidados posam para uma foto, após depositarem flores no Parque Memorial da Paz, em Hiroshima. 21 de maio de 2023
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao centro, e líderes de países convidados posam para uma foto, após depositarem flores no Parque Memorial da Paz, em Hiroshima. 21 de maio de 2023 AP
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O jornal Les Echos destaca que a cúpula do G7 deu "imensa visibilidade" ao presidente ucraniano. Todos os líderes do grupo, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, assim como da Austrália e Coreia do Sul consideraram a presença de Zelensky bem-vinda.

Entre os países não alinhados, observa o diário econômico francês, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, reuniu-se com Zelensky e prometeu que a Índia faria "todo o possível" para resolver o conflito e que compreendia seu "sofrimento" e o do povo ucraniano. Zelensky esperava mais da Índia, pondera o jornal, mas já foi melhor do que o desencontro de agendas com o presidente brasileiro.

Le Figaro e Le Monde registram as declarações feitas pelo presidente Lula na coletiva, antes de deixar o Japão. Lula afirmou ter ficado "chateado" por não ter se encontrado com Zelensky. O brasileiro disse, ainda, que tanto o ucraniano quanto o presidente russo, Vladimir Putin, não parecem ter interesse em negociar a paz.

A agência AFP assinala que Lula foi alvo de críticas, segundo as quais teria sido brando com a Rússia sobre a invasão ao país vizinho.

Zelensky obteve um apoio expressivo dos líderes do G7, incluindo um suporte americano para ter acesso aos caças F-16, algo que Kiev reivindicava há tempo. O presidente ucraniano só não teve a mesma demonstração de apoio do Brasil, destaca a AFP.

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