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Furioso, bilionário Elon Musk, dono do ex-Twitter, exige renúncia de Alexandre de Moraes da Corte Suprema do Brasil

Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), pediu neste domingo (7) a renúncia ou a demissão do juiz do Supremo Tribunal Federal brasileiro Alexandre de Moraes, a quem acusou de "censura" por bloquear contas suspeitas de espalhar desinformação em sua rede X, o antigo Twitter.

O fundador e executivo-chefe da SpaceX, Elon Musk, fala após anunciar o bilionário japonês Yusaku Maezawa como o primeiro passageiro privado em uma viagem ao redor da Lua, na segunda-feira, 17 de setembro de 2018, em Hawthorne, Califórnia. (AP Photo/Chris Carlson)
O fundador e executivo-chefe da SpaceX, Elon Musk, fala após anunciar o bilionário japonês Yusaku Maezawa como o primeiro passageiro privado em uma viagem ao redor da Lua, na segunda-feira, 17 de setembro de 2018, em Hawthorne, Califórnia. (AP Photo/Chris Carlson) AP - Chris Carlson
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"Esse juiz tem traído descaradamente e repetidamente a Constituição e o povo brasileiro. Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment", disse o homem que também é o chefe da Tesla e da SpaceX na rede social X, que o bilionário norte-americano comprou em outubro de 2022.

O bilionário também prometeu publicar em breve "todos os pedidos de Alexandre de Moraes, e como esses pedidos violam a lei". No sábado à noite, Musk havia iniciado uma série de ataques em tom de X contra o magistrado brasileiro, indicando em particular que desafiaria suas decisões judiciais "levantando todas as restrições", sem dar mais detalhes.

"Provavelmente perderemos todas as nossas receitas no Brasil e teremos que fechar nossos escritórios lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro", insistiu ele.

Uma figura polêmica, tirânica para alguns e defensora fervorosa da democracia para outros, Alexandre de Moraes é um dos onze membros da Suprema Corte brasileira. Ele também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Luta contra a desinformação

Liderando a luta contra a desinformação no Brasil, nos últimos anos ele ordenou o bloqueio das contas de figuras influentes nas redes sociais, a maioria delas apoiadores do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (2019-2022).

Bolsonaro foi declarado inelegível em junho de 2023 pelo TSE, presidido por Alexandre de Moraes, por disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Ele também é alvo de uma investigação por "tentativa de golpe de Estado" após sua derrota eleitoral nas mãos do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro de 2022.

Logo após os primeiros ataques do patrão da Tesla ao juiz, no sábado, Jorge Messias, advogado-geral da União, responsável por defender os interesses do governo Lula, pediu "regulamentação urgente das redes sociais".

"Não podemos viver em uma sociedade onde bilionários que vivem no exterior controlam as redes sociais e se mostram dispostos a violar o Estado de Direito, desobedecendo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades", acrescentou Moraes no X, sem citar Musk pelo nome.

Mas muitos dos apoiadores de Jair Bolsonaro elogiaram a atitude do bilionário. "Espero que ele tenha dado início a algo histórico: o retorno da liberdade ao nosso país", disse o deputado populista e grande apoiador de Jair Bolsonaro, Nikolas Ferreira, no X.

(Com AFP)

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