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Brasil

Imprensa: Brasil dá "sinal negativo" ao enterrar reforma da Previdência

"O Brasil enterrou a reforma da Previdência", diz matéria publicada nesta quarta-feira (20) na capa do caderno de Economia do Le Figaro. O jornal explica que a reforma era uma instrumento importante para cumprir o teto de gastos públicos, no âmbito da política de austeridade aplicada pelo governo de Michel Temer.

Sessão do Senado Federal que aprovou intervenção do Exército no Rio de Janeiro.
Sessão do Senado Federal que aprovou intervenção do Exército no Rio de Janeiro. REUTERS/Adriano Machado
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O objetivo da reforma era diminuir o déficit público, que chegou a 2,8% do PIB em 2017, e relançar o crescimento da economia do país após uma recessão histórica. Mas, em ano eleitoral, os deputados que disputam a reeleição não quiseram ver seus nomes associados a uma reforma que amplia a idade mínima da aposentadoria dos homens de 55 para 65 anos e das mulheres de 53 para 62 anos, relata Le Figaro.

Para o jornal francês, a renúncia do Congresso em aprovar as mudanças na Previdência envia um sinal negativo sobre o país, ainda mais com o agravamento da situação da segurança, com a intervenção militar no Rio de Janeiro. O diário explica que, quando uma intervenção está em vigor, nenhuma emenda constitucional pode ser aprovada.

Os mercados esperavam um sinal mais claro de Brasília sobre a capacidade do governo de realizar reformas, destaca Le Figaro. As agências de classificação de risco financeiro já alertaram sobre o risco de degradação da nota do Brasil, adverte o Le Figaro.

Intervenção no Rio é mais popular que reforma da Previdência

O jornal Les Echos também publica uma reportagem relacionando a impossibilidade de o governo aprovar a reforma da Previdência, agora que o Congresso endossou a intervenção do Exército no Rio.

O diário econômico considera que, ao mudar de prioridade, Temer, que não estava conseguindo o apoio necessário à reforma da Previdência, adota um discurso repressivo que agrada mais o eleitorado do que uma ampliação da idade das aposentadorias. Mesmo assim, a reforma da Previdência é indispensável, afirma Les Echos, para evitar a termo a explosão da dívida pública brasileira, que atinge 74% do PIB.

Em sua análise, Les Echos observa que outro elemento que pode melhorar a popularidade de Temer é o aumento sensível da atividade econômica.

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