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Brasil/ impeachment

Na ONU, Dilma diz que brasileiros saberão “impedir retrocessos”

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, aproveitou a cerimônia de assinatura do Acordo do Clima de Paris, na sede da ONU em Nova York (EUA), para comentar a crise política no país, diante dos cerca de 60 chefes de Estado e de Governo que participavam do evento. Dilma agradeceu a solidariedade que recebeu dos líderes estrangeiros e disse que os brasileiros saberão, “não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos”.

Presidente Dilma Rousseff durante discurso na ONU, em Nova York, nesta sexta-feira (22).
Presidente Dilma Rousseff durante discurso na ONU, em Nova York, nesta sexta-feira (22). REUTERS/Carlo Allegri
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“Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave momento que vive o Brasil”, declarou, após discursar por oito minutos sobre o tema da conferência desta sexta-feira (22), as mudanças climáticas. “A despeito disso, quero dizer que o Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia.”

A presidente destacou que o povo brasileiro é “trabalhador” e tem “apreço pela liberdade”. A cerimônia contava com a presença de representantes de mais de 160 países. Cada um tinha três minutos para ocupar o púlpito das Nações Unidas.

O evento foi aberto pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e recebia ainda as 197 partes que adotaram a Convenção das Mudanças Climáticas da ONU, durante a COP 21, em dezembro.

Fala sobre “golpe” ficou de fora

Fontes do governo já tinham antecipado que a presidente falaria da crise política no país durante o seu discurso. Havia a expectativa de que Dilma se manifestasse contra o que considera ser um golpe em curso no Brasil, mas a líder preferiu não abordar essa questão – uma hipótese que vinha sendo criticada pela oposição e o vice-presidente, Michel Temer.

Dilma começou o discurso assumindo o compromisso de assegurar entrada em vigor do Acordo de Paris, fechado em dezembro de 2015, durante a COP 21. A presidente ressaltou que o caminho pela frente, o da implementação dos compromissos, “é ainda mais desafiador”, por exigir mudanças rumo a uma economia mais sustentável.

Compromissos na COP 21

A presidente, que deixou o cargo nas mãos de Temer durante a curta viagem a Nova York, ressaltou que o país está determinado a intensificar as ações de mitigação (redução de gases de efeito estufa). A petista recordou o compromisso de diminuição de 37% dos gases até 2025 e 43% até 2030, tendo como base os índices registrados em 2005, e de chegar ao desmatamento zero na Amazônia.

Meu governo traçou metas ambiciosas e ousadas porque sabe que os riscos ligados às mudanças climáticas recaem sobre os mais vulneráveis”, disse Dilma. “Sem a redução da pobreza e da desigualdade, não será possível combater as mudanças do clima.”

 

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