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Brasil/Defesa

Ministro da Defesa Jaques Wagner inicia turnê pela França

Depois de assistir, em Moscou, ao desfile comemorativo dos 70 anos da capitulação nazista ao fim da Segunda Guerra Mundial, o ministro brasileiro da Defesa, Jaques Wagner, desembarcou em Paris neste domingo (10) para uma turnê de três dias. A viagem pela França, importante parceira comercial do Brasil na área de Defesa, acontece logo depois de os números da economia brasileira para o primeiro trimestre mostrarem que sua pasta foi uma das mais afetadas por cortes no orçamento federal.

Ministro da defesa do Brasil, Jaques Wagner
Ministro da defesa do Brasil, Jaques Wagner Wikipedia/CreativeCommons
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Na segunda-feira, Jaques Wagner visitou estaleiros no litoral francês, onde são produzidas peças para o submarino nuclear brasileiro. Constam na agenda da terça reuniões com empresários do setor de tecnologia militar. E, no último dia de visita, ele se encontra com o ministro francês da Defesa, Jean-Yves le Drien.

Ajuste fiscal

A viagem de negócios acontece em um momento delicado para o ministério. Para promover um ajuste fiscal da ordem de 0,8%, o governo teve de frear investimento em diversos setores - inclusive em algumas vitrines da campanha de Dilma à reeleição, como os programas de bolsas Fies e Pronatec. A Defesa perdeu quase metade de seu aporte em relação ao mesmo período de 2014.

Portanto, é de se imaginar que não só de boas novas se fará a conversa do ex-governador da Bahia com empresários franceses nesta terça-feira. Se nos últimos dez anos, o Brasil se consolidou como o terceiro maior importador de equipamentos militares da França, segundo dados da Defesa francesa, é possível que esse próspero comércio bilateral tenha de desacelerar.

Novos acordos

De qualquer forma, a assessoria da Embaixada brasileira em Paris afirma que outros acordos comerciais podem ser assinados. O sinal verde para novas transferências tecnológicas seria uma das pautas da reunião entre o Jaques Wagner e Yves Le-Drien.

Isso porque, mesmo que o Brasil feche novas parcerias com empresas francesas - entre as quais, a Airbus, uma das companhias que o ministro deve visitar -, é preciso que haja um aval em alto nível do governo francês para que elas sejam efetivas, já que a tecnologia militar é um setor sensível.

Mas, dado o histórico de confiança mútua entre os dois países, essa chancela não deve passar de uma formalidade. Logo depois da reunião com o ministro francês, marcada para as 8h30 da manhã em Paris, Jaques Wagner embarca novamente para o Brasil.
 

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