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Brasil/Indonésia

Brasileiro condenado por tráfico de drogas é fuzilado na Indonésia

Os dois pedidos de clemência a que Marco Archer Cardoso Moreira tinha direito foram negados pelo presidente da Indonésia. O apelo da presidente Dilma Rousseff também não foi atendido. Esta é a primeira vez que um brasileiro condenado à morte é executado no exterior.  

Marco Archer Cardoso Moreira foi executado neste sábado (horário de Brasília), por tráfico de cocaína.
Marco Archer Cardoso Moreira foi executado neste sábado (horário de Brasília), por tráfico de cocaína. Reprodução vídeo R7
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A embaixada do Brasil na Indonésia informou que o fuzilamento de Marco Archer aconteceu em torno da meia-noite e meia de domingo (18) no horário local, três e meia da tarde de sábado (17) em Brasília. O seu  atestado de óbito deve ser transmitido à diplomacia brasileira neste domingo. Aos 53 anos, ele não era casado nem tinha pais ou filhos. Uma tia viajou à Jacarta para ver o sobrinho pela última vez e acompanhar os trâmites legais.

A presidente Dilma reagiu à execução, declarando estar "consternada e indignada". O embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Alberto da Silveira Soares, será chamado para consultas.

O brasileiro tinha esperança de voltar ao Brasil, onde pretendia ensinar aos jovens os perigos da droga, como confessou ao seu amigo, o diretor de cinema Marco Prado. Ele teve esperança até o fim, mas nem mesmo a intervenção da presidente Dilma convenceu o presidente Joko Widodo, inflexível com os traficantes de drogas.

Na sexta-feira (16) ela lhe telefonou para pedir que poupasse o brasileiro, mas a resposta foi "não". O procurador-geral da República também solicitou oficialmente que o fuzilamento fosse adiado e o Brasil chegou até a recorrer ao Papa Francisco, pedindo que intercedesse a favor de Marco. Em vão.

A condenação

Carioca de Ipanema, Marco Archer era instrutor de voo no Rio de Janeiro e foi preso em 2003 quando tentou entrarna Indonésia com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de seu asa delta. Um ano depois, foi julgado e condenado à morte, tendo passado mais de dez anos à espera do cumprimento da sentença.

Um outro brasileiro também está no corredor da morte aguardando ser executado no país. Rodrigo Muxfeldt Gularte,do Paraná, também foi condenado à pena capital por tráfico de cocaína.

 

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