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Ebola/Brasil

Brasil registra primeiro caso suspeito de Ebola no Paraná

O Brasil registrou nesta madrugada o primeiro caso suspeito de Ebola em Cascavel, no Paraná. O missionário de 47 anos chegou da Guiné, um dos três países africanos que passa por um surto da doença. Ele apresentava febre e está no 21º dia da possível infecção. Primeiramente, ele foi isolado em uma unidade de saúde em Cascavel. Segundo a Fiocruz, os profissionais de saúde brasileiros estão preparados para lidar com a doença.

Realização de uma simulação no aeroporto de Guarulhos, em 16 de setembro de 2014, colocou em prática as medidas adotadas em resposta a um eventual caso suspeito de Ebola em viajante internacional.
Realização de uma simulação no aeroporto de Guarulhos, em 16 de setembro de 2014, colocou em prática as medidas adotadas em resposta a um eventual caso suspeito de Ebola em viajante internacional. Ministério da Saúde
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Seguindo um protocolo do Ministério da Saúde, a Força Aérea Brasileira deve ajudar na transferência do paciente para o Rio de Janeiro, que é o centro nacional de referência para eventuais casos de Ebola. O missionário guineense deve ser internado hoje no Hospital Evandro Chagas, na capital fluminense.

Há pelo menos dois meses, o Brasil vem se preparando para o surgimento de um caso de Ebola no país com simulações em várias cidades. Para evitar falhas como a que ocorreram nos Estados Unidos e na Espanha, o instituto de infectologia da Fiocruz, no Rio de Janeiro, tem investido na prevenção. Em entrevista à RFI, José Cerbino Neto, explicou como os profissionais de saúde têm se preparado no Brasil.

“Temos uma parceria com a ONG Médicos Sem Fronteiras, que é a organização que está trabalhando mais diretamente com os casos. Já recebemos aqui alguns médicos que estiveram lá e que puderam relatar a experiência. Os protocolos que nós desenvolvemos aqui foram feitos conjuntamente com essas pessoas que têm experiência no trabalho em campo”, explicou José Cerbino Neto.

Ainda segundo o médico, se algum caso da doença for confirmado no Brasil, os profissionais já estão capacitados para aplicar o tratamento. Mas, no Brasil, ainda não há as novas drogas experimentais. “O tratamento que temos é o suporte, que parece, ser um tratamento que tem um impacto grande na mortalidade”, diz Cerbino Neto.

Epidemia de Ebola é comparada à da Aids

O médico Tom Frieden, diretor do Centro Americano de Prevenção de Doenças comparou o avanço rápido da epidemia do vírus da febre hemorrágica ao da Aids. “Vai ser um longo combate. Há 30 anos, trabalho com saúde pública e a única coisa comparável é a epidemia de Aids”, disse em uma mesa-redonda em Washington que contou com a presença de representantes do FMI e da ONU.

O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, também é enfático. Para ele, a resposta internacional “foi, até agora, muito mais lenta que o ritmo de transmissão da doença”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a epidemia de Ebola já matou pelo menos 3.900 pessoas. Serra Leoa, Libéria e Guiné são os países mais atingidos.

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