Em meio a escândalo, nova embaixadora dos EUA chega a Brasília
Em meio à polêmica sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional americana ao escalão do governo brasileiro, inclusive a presidente Dilma Rousseff, a nova embaixadora dos Estados Unidos em Brasília, Liliana Ayalde, chegou hoje ao país. A diplomata tem a difícil tarefa de amenizar o clima delicado que se instalou entre os dois países desde a divulgação das escutas, que também teriam como alvo empresas estratégicas brasileiras, como a Petrobras.
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Logo após desembarcar em Brasília, Ayalde divulgou um comunicado à imprensa no qual ressalta a importância das relações entre os Estados Unidos e o Brasil. "Eu e a minha família estamos ansiosos de poder viajar pelo Brasil, conhecer a diversidade do povo e estabelecer amizade com os brasileiros em todos os lugares que vamos visitar”, afirmou o texto.
“Este é um momento importante para as relações, cheio de oportunidades e de possibilidades. Juntos, estou certa de que podemos expandir e aprofundar os laços que existem entre essas duas importantes e grandes nações", declarou a nova embaixadora. A nota não menciona os eventos que provocaram uma das crises mais graves entre Washington e Brasília nos últimos anos.
Ayalde substitui o diplomata Thomas Shannon, que ficou no posto três anos e meio e encerrou a missão no dia 6 de setembro. A troca de embaixadores estava prevista antes do escândalo. A diplomata trabalhou anteriormente em outros dois países latinoamericanos, o Paraguai e a Colômbia.
Antes de deixar o cargo, Shannon havia sido convocado duas vezes pela chancelaria brasileira para dar explicações sobre a suposta espionagem de Washington, que teria incluído a presidente Dilma Rousseff. O último chamado foi na segunda-feira passada. Shannon será o novo embaixador americano na Turquia.
O governo brasileiro qualificou de "inadmissível e inaceitável" a suposta espionagem à presidente e exigiu explicações. Segundo a imprensa brasileira, Dilma estaria prestes a anunciar o cancelamento da visita de Estado que faria aos Estados Unidos, em 23 de outubro, em represália às denúncias.
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