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Brasil/Diplomacia

Novo chanceler brasileiro é conhecido por sua paciência

O novo chanceler do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, 58 anos, ex-embaixador do país na ONU, é um hábil negociador internacional, com uma longa carreira diplomática e especialista em questões de desenvolvimento e meio ambiente. Ele foi o negociador-chefe da conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável Rio +20, realizada no Rio de Janeiro no ano passado. Figueiredo é conhecido por sua paciência e perseverança nas longas negociações internacionais.

O novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado.
O novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado. EBC / Empresa Brasil de Comunicação
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Figueiredo é reconhecido por ter passado as últimas duas décadas defendendo as posições do Brasil em conferências internacionais sobre meio ambiente e desenvolvimento. Nascido no Rio de Janeiro em 17 de julho de 1955, o advogado e diplomata de carreira trabalhou no Chile, Canadá, nos Estados Unidos e na França, entre outros países.

A presidente Dilma Rousseff ficou conhecendo a atuação de Figueiredo de perto em 2009, quando ele foi o negociador do Brasil na conferência do clima de Copenhague, a COP-15. Na época, Dilma era ministra da Casa Civil e chefiou a delegação brasileira que foi à Dinamarca. A confiança da presidente no trabalho do diplomata cresceu com a Rio +20. No final da conferência, que teve um documento de conclusão considerado pouco ambicioso, Figueiredo defendeu o texto das críticas da União Europeia com um comentário direto: "Quem exige ambição de ação e não põe dinheiro sobre a mesa está sendo pelo menos incoerente", disse o embaixador, rebatendo o discurso ambíguo dos europeus.

Figueiredo deve chegar ao Brasil nesta terça-feira e vai estrear em sua nova função na próxima sexta-feira, na cúpula de chefes de estado da Unasul, que acontece em Paramaribo, no Suriname. Na próxima semana, o novo chanceler vai viajar para participar da reunião do G20 na Rússia.

O ex-chanceler Antonio Patriota, de 59 anos, que perdeu o cargo devido ao constrangimento diplomático causado pela fuga do senador de oposição boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil, vai para Nova York ocupar o cargo deixado vago por Figueiredo. Patriota continuará a ter um papel relevante na diplomacia brasileira. Ferrenho defensor da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, agora o ex-chanceler poderá trabalhar para obter avanços nesse dossiê. O Brasil briga há vários anos por uma vaga no Conselho de Segurança.

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