Dilma vai a Guiné Equatorial para 3ª Cúpula África-América do Sul
A Guiné Equatorial vai ser o primeiro passo de um giro pela África que a presidente Dilma Rousseff realiza nos próximos meses, a partir desta quinta-feira. A petista viaja hoje para a capital Malabo, para participar da 3ª Cúpula África - América do Sul (ASA).
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Da Guiné Equatorial Dilma segue para a Nigéria em visita oficial e, em março, voltará ao continente africano para participar da Cúpula dos Brics, que reúne as principais potências emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O giro termina em maio, quando a chefe de Estado vai à Etiópia para a comemoração dos 50 anos da União Africana.
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O evento em Malabo, do qual o Brasil é coordenador-geral, contará com a presença de 12 países sulamericanos e 54 africanos. O encontro já começou na quarta-feira, com reuniões preparatórias, mas a reunião entre os chefes de Estado ocorre nesta sexta. O objetivo da cúpula é aumentar as parcerias sul-sul.
“Queremos criar mecanismos para aumentar o comércio e o investimento entre a África e a América do Sul, e também as trocas de tecnologias, que são úteis para acrescentar valor agregado para os nossos países”, declarou o presidente guinéu-equatoriano, Teodoro Obiang.
Aproximação
Na semana passada, a subsecretária geral de Política do Ministério das Relações Exteriores, Maria Edileuza Fontonele Reis, ressaltou que as viagens sucessivas à África têm o objetivo de “renovar os laços” com o continente. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia estreitado bastante as relações entre o Brasil e os países africanos. Lula era esperado para participar do evento, mas acabou cancelando a presença. Até agora, Dilma só havia visitado três nações daquele continente desde que assumiu o poder.
A presidente deve evocar temas como a reforma da Organização das Nações Unidas e das instituições financeiras, com o intuito de aumentar o peso dos países em desenvolvimento e emergentes nas esferas de diálogo internacional. A primeira cúpula da ASA aconteceu em 2006, por iniciativa do Brasil e da Nigéria, e a segunda foi em 2009. A terceira, que deveria ocorrer em 2012, foi adiada duas vezes, até ser marcada para 2013. O comércio entre América do Sul e África chegou a 39,4 bilhões de dólares em 2011, de acordo com números revelados pelo governo brasileiro.
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