Turistas brasileiras sequestradas no Egito são libertadas

As duas turistas brasileiras que foram sequestradas neste domingo por beduínos no sul da Península do Sinai, no leste do Egito, foram libertadas após a mediação de líderes das tribos da região. As duas reféns foram levadas para um hotel no Monte Sinai, onde esão os outros turistas brasileiros que participavam da excursão.

Um soldado israelense em Sinai na fronteira entre Egito e Israel REUTERS/Ronen Zvulun

Segundo as autoridades egípcias, não houve pagamento de resgate nem necessidade de cumprir qualquer exigência dos sequestradores. As brasileiras Sara Lima, 18 anos, e Zélia Magalhães de Melo, 45 anos, estavam num grupo de aproximadamente 40 turistas brasileiros que seguiam para o Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, no monte Sinai, no sul do Egito, quando o ônibus em que circulavam foi parado por beduínos e quatro pessoas foram levadas: o guia do grupo e um segurança egípcio assim como as duas brasileiras.

A libertação foi divulgada neste domingo pela polícia egípcia. O pai de Sara, o pastor evangélico Dejair Batista Silvério, conversou com a filha e disse que ela estava bem. As duas reféns foram levadas para um hotel na província, onde estão os outros turistas brasieliros. De acordo com informações do Itamaraty, os réfens foram colocados em um carro e levados para uma região montanhosa. Depois do incidente, o ônibus chegou a ser escoltado pelas autoridades egípcias. O Exército egípcio encontra sérias dificuldades para controlar os grupos radicais que atuam na região do Sinai, habitada majoritariamente por beduínos e onde estão os balneários turísticos mais lucrativos do país.

Este é o terceiro sequestro com as mesmas características na região de Wadi Firan. Em fevereiro, três turistas sul-coreanos e dois turistas americanos foram levados por apenas algumas horas. Para libertá-los, os beduínos exigiram a libertação de companheiros que haviam sido presos acusados de tráfico de drogas.