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Brasil/ONU

Patriota defende na ONU soluções diplomáticas para conflitos armados

Enquanto a crise na Síria se agrava e Israel se aproxima a passos largos de um confronto armado com o Irã, o Brasil tenta impor a sua voz no cenário internacional. Nesta segunda-feira, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, vai à sede das Nações Unidas em Nova York para defender a necessidade de se adotar meios pacíficos para resolver possíveis conflitos.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota Wilson Dias/ABr
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Carolina Bonadeo, correspondente da RFI em Nova York.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, solicitou uma reunião com todos os membros da ONU para avançar o debate sobre a chamada “Responsabilidade ao Proteger”. O conceito, que já existe nas Nações Unidas, consiste em dizer que a comunidade internacional deve recorrer a uma ação coletiva em situações excepcionais para proteger os direitos humanos e a vida dos civis em um determinado país. Seria o caso da Líbia no ano passado, e possivelmente será o caso da Síria nos próximos meses. Mas o que o governo brasileiro está tentando fazer é criar um sistema pelo qual esse conceito seja colocado em prática, dando mais ênfase aos meios pacíficos de diplomacia, antes que qualquer ação coletiva, ou guerra, seja iniciada.

O texto defendido pelo Brasil se baseia em três pilares. O primeiro deles é identificar o Estado como principal responsável em proteger a sua população. O segundo é restringir, inicialmente, o papel da comunidade internacional apenas a ajudar esse Estado no desenvolvimento de capacidades locais para proteger seus cidadãos. E, finalmente, somente em último caso, quando os dois primeiros pontos falham, a comunidade internacional poderia recorrer a uma ação coletiva, como bombardeios ou invasões.

Alguns países membros da ONU, como Israel, são contra a proposição brasileira. Eles afirmam que este sistema atrasaria demasiadamente a resposta em casos de urgência. Diversos analistas políticos em Nova York veem a iniciativa brasileira como uma forma de simplesmente conquistar aliados e ampliar a voz diplomática do país internacionalmente para, no futuro, garantir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

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