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AF447/caixas-pretas

Caixas-pretas do voo AF447 devem chegar a Caiena nesta quarta

O navio francês "La Capricieuse", que traz a bordo as duas caixas-pretas do voo AF447, resgatadas na semana passada, devem chegar ao porto de Caiena, na Guiana Francesa, nesta quarta-feira. A informação foi divulgada pelo BEA, a agência civil francesa que investiga as causas do acidente.

Equipe do BEA supervisiona o trabalho de resgate do módulo FDR.
Equipe do BEA supervisiona o trabalho de resgate do módulo FDR. BEA
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De acordo com o comunicado, o embarque dos equipamentos, que estavam a bordo do navio Ile de Sein, aconteceu no sábado pela manhã. O FDR (Flight Data Recorder), que registra os parâmetros do voo, e o CVR (Cockpit Voice Recorder), com os diálogos dos pilotos, estão lacrados pela justiça francesa. Depois de chegarem a Caiena, as caixas-pretas seguem de avião até Paris, onde deverão ser transportadas até o escritório do BEA.

O coronel brasileiro Luis Claudio Lupoli, do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), estará a bordo do voo e deverá acompanhar a análise das caixas-pretas, de acordo com a assessora de imprensa do BEA, Martine Del Buono. Elas devem chegar à sede da agência  na quinta ou sexta-feira. O BEA é um dos cinco locais no mundo onde esse trabalho pode ser realizado. Caso a decodificação das cartas de memória apresente problemas, o equipamento será enviado para o fabricante, Honeywell.

Segundo o comunicado do BEA, novas peças do avião, fundamentais para a investigação, também foram resgatadas nos últimos dias: uma das duas turbinas, calculadoras de bordo e o chamado avionic bay, composto de computadores de bordo e situado abaixo da cabine de pilotagem. As informações desses computadores podem conter dados sobre os problemas técnicos apresentados pelos sensores Pitot no voo AF447, que medem a velocidade do avião, e são apontados como um dos responsáveis pelas causas do acidente.

O acidente com o Airbus 330 da companhia Air France, que caiu no dia 31 de maio de 2009 com 228 pessoas a bordo, ainda continua um mistério. Sabe-se, entretanto, que o avião não explodiu e teria caído na água intacto, com o nariz ligeiramente empinado para a cima. Em cinco minutos, o avião perdeu 11 km de altitude. Muitas das vítimas morreram no impacto, mas as Associações dos Familiares das Vítimas não descartam a hipótese, em alguns casos, de afogamento. A operação para resgate dos restos mortais das vítimas que ainda continuam no fundo do mar, dois anos depois da tragédia, deve ser retomada no próximo dia 20. Dois corpos foram retirados do mar semana passada.
 

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