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AF447/famílias

Famílias das Vítimas do AF447 enviam carta para autoridades francesas

As associações das famílias das vítimas do AF447 querem mais detalhes sobre o resgate dos destroços e sobre a decisão de não resgatar os corpos dos passageiros. A operação deve ter início antes do fim do mês, de acordo com o BEA, a agência de aviação civil que investiga as causas do acidente.

O BEA, a agência civil que investiga as causas do acidente, deu uma coletiva
O BEA, a agência civil que investiga as causas do acidente, deu uma coletiva Reuters
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As associações dos familiares do voo AF447 redigiram uma carta aberta, traduzida em três línguas (inglês, francês e português), que será enviada nesta segunda-feira às autoridades francesas. O texto pede mais detalhes sobre a operação de resgate dos destroços da aeronave, localizados no início do mês, a 4 mil metros de profundidade. Os representantes do BEA, a agência civil que investiga as causas do acidente, e do Ministério dos Transportes, devem se reunir nesta quarta-feira com as associações em Paris. As famílias querem saber o que será feito dos corpos dos passageiros, encontrados próximos às peças do avião, e que não serão resgatados, segundo a associação brasileira. De acordo com o BEA, a decisão caberá à Justiça.

A próxima fase de buscas deve ter início antes do fim do mês e terminar por volta do dia 15 de junho. Segundo o diretor-executivo da Associação dos Familiares das Vítimas do voo 447, Marteen Van Sluys, os brasileiros também querem conhecer a identidade do observador do Ministério da Defesa que acompanhará  o resgate em alto-mar. Em nota oficial enviada no dia 13 de abril, o CENIPA, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, “considera que a presença do Representante Acreditado é uma garantia de que a investigação está transcorrendo com a transparência necessária e de acordo com as normas internacionais”, mas esclarece que a investigação continuará a cargo do BEA, como prevê a Convenção de Chicago.

O governo francês recusou a presença de um membro das famílias no navio Ile de Sein, da Alcatel, que deixa  Cabo Verde em direção a Recife na quarta-feira. Em seguida, o barco se dirigirá à área do acidente, situada a cerca de 300 quilômetros da costa brasileira. A expectativa é que, desta vez, as caixas-pretas do Airbus330 sejam localizadas. Os aparelhos, segundo o BEA, podem estar acoplados à cauda do avião, encontrada entre os destroços. Caso elas tenham se desprendido da peça, podem estar numa área próxima, acredita a agência. A questão agora é saber se as caixas-pretas, dois anos depois do acidente, ainda poderão ser analisadas.

O Airbus330 da Air France que fazia o voo 447, entre Rio e Paris, caiu no dia 31 de maio de 2009 no meio do oceano Atlântico. As causas do acidente nunca foram totalmente esclarecidas, mas um defeito nos sensores Pitot, que medem a velocidade do avião, podem ter contribuído para o acidente. As normas de certificação das aparelhos datam dos anos 60.
 

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