Kerry diz que dará respostas ao Brasil sobre programa de espionagem
O programa de rastreamento eletrônico do governo americano pode prejudicar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos se o país não esclarecer alguns pontos, disse nesta terça-feira o chanceler brasileiro Antonio Patriota, depois do encontro com o secretário de Estado americano John Kerry.
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As revelações do programa da NSA, reveladas pelo ex-consultor da CIA Edward Snowden, representam um desafio para as relações bilaterais entre os dois países, disse o ministro das Relações Exteriores brasileiro durante uma coletiva com John Kerry. “É preciso colocar um fim a tais práticas’’, disse. Segundo ele, programas como o PRISM são um atentado à "soberania, às relações de confiança e às liberdades individuais."
O secretário de Estado americano passou algumas horas no Brasil nesta terça-feira, onde se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, para preparar sua visita a Washington em outubro.
"As perguntas feitas pelo Brasil não são um problema, são compreensíveis. O Brasil merece resposta e as terá", disse ele. "Vamos nos assegurar que vocês têm pleno conhecimento e estão totalmente de acordo com aquilo que acreditamos que é necessário para garantir a segurança, não só do americanos, mas também do Brasil e do resto do mundo." Os documentos revelados por Snowden mostram que o Brasil é um dos principais alvos do programa americano.
Durante o encontro entre Patriota e Kerry, um grupo de manifestantes cercou o prédio do Ministério para protestar contra a presença do chanceler e o programa de espionagem americano. O secretário americano voltou diretamente para Washington depois de visitar o Brasil.
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