Acessar o conteúdo principal
Israel/Palestina

Kerry fala em avanços no processo de paz; palestinos negam

O secretário de Estado americano, John Kerry, concluiu neste domingo uma maratona de reuniões com dirigentes israelenses e palestinos alegando ter obtido "progressos" no processo de paz. No entanto, do lado palestino o tom é bem mais pessimista. Kerry tenta, em vão, reabrir as negociações suspensas há três anos.

John Kerry (à direita) ao lado do presidente palestino Mahmoud Abbas, neste domingo 30/06/2013, na Cisjordânia.
John Kerry (à direita) ao lado do presidente palestino Mahmoud Abbas, neste domingo 30/06/2013, na Cisjordânia. Reuters
Publicidade

"Tenho o prazer de dizer que fizemos um progresso real durante esta visita ", garantiu Kerry, tentando demonstrar otimismo em uma entrevista coletiva no aeroporto de Tel Aviv, depois de ter passado quatro dias em trânsito entre Israel e a Palestina.

"Acho que com um pouco mais de trabalho, o início das negociações sobre o status final de um acordo poderia estar ao nosso alcance", afirmou o chefe da diplomacia americana no final de sua quinta visita à região desde que assumiu o cargo, em fevereiro.

De acordo com os palestinos, "não houve nenhum avanço". "Ainda existe um hiato entre as posições de palestinos e israelenses", declarou o negociador Saeb Erekat, depois de Kerry conversar com o presidente Mahmoud Abbas, em Ramalá, no terceiro encontro entre os dois homens em menos de 72 horas.

Kerry já havia conversado durante 13 horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, até as 4h da madrugada, em um hotel de luxo de Jerusalém Ocidental. Com Abbas, as conversas totalizaram seis horas desde quinta-feira passada.

Para retomar as negociações, a liderança palestina pede um congelamento da colonização israelense em seus territórios e uma referência explícita às linhas de fronteira anteriores a junho de 1967, antes do início da ocupação israelense nos territórios palestinos. Abbas também exige a libertação de prisioneiros palestinos. Mas Netanyahu rejeita tais "condições", mas afirma estar disposto a negociar a qualquer momento.

Segundo a imprensa israelense, Jerusalém deve dar nesta segunda-feira sinal verde para a nova fase de um projeto de construção de 930 casas em Jerusalém Oriental, área ocupada pelo Exército israelense e anexada ao território hebreu que também é reivindicada pelos palestinos.

"Netanyahu é o único responsável pela tentativa de sabotagem da missão americana. Ele rejeita a solução de dois Estados (Palestina e Israel), que tem o apoio da comunidade internacional", acusou Erekat.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.