Jornalista francês sequestrado pelas Farc está ferido

Um jornalista francês foi sequestrado pelas Farc enquanto realizava uma reportagem junto com o Exército colombiano. Romeo Langlois ficou ferido no braço esquerdo durante combates entre a guerrilha e as forças militares no sul do país, de acordo com o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.

O chanceler francês Alain Juppé. REUTERS/Charles Platiau

"O que as pessoas que estavam com ele até o último instante me contaram é que, em algum momento, Romeo foi atingido por um tiro no braço esquerdo e que, no meio da tensão e da pressão no local, tomou a decisão de tirar o colete e o capacete. Ao manifestar ou destacar que era civil, seguiu para a área de onde disparavam os guerrilheiros", disse Pinzón à imprensa. "Esta é toda a informação que temos sobre ele. Não sabemos, de maneira concreta neste momento, o que mais aconteceu com ele", completou o ministro.

Mais cedo, o ministro francês das Relações Exteriores Alain Juppé havia afirmado que o correspondente era prisioneiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "O centro de crise está mobilizado, estamos em contato com as autoridades colombianas", disse Juppé.

As autoridades colombianas encontraram nas últimas horas o policial e os quatro militares que desapareceram após enfrentamentos do Exército com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) neste sábado, mas o jornalista francês que realizava uma reportagem sobre a operação militar "foi feito prisioneiro", segundo o ministro francês.

Os cinco homens que passaram algumas horas desaparecidos foram encontrados aparentemente em bom estado de saúde. Eles foram localizados numa área próxima ao local onde ocorreu uma emboscada das FARC contra tropas do Exército, no Departamento de Caquetá, no sul da Colômbia. O repórter francês Roméo Langlois, de 35 anos, viajava junto com os militares para fazer uma reportagem sobre o combate à guerrilha e ao tráfico de drogas na região. O jornalista, do canal de televisão France 24, mora na Colômbia há dez anos e também escreve para o jornal Le Figaro.

O chanceler Alain Juppé informou que a célula de crise do Ministério das Relações Exteriores francês está em contato contínuo com as autoridades colombianas para determinar o paradeiro do jornalista. A emboscada aconteceu logo após que um helicóptero do Exército transportando 27 militares e o jornalista pousou numa área controlada pelos guerrilheiros. Pelo menos quatro colombianos morreram nos enfrentamentos.