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Somália proíbe festas de fim de ano

O governo da Somália, país muçulmano no leste da África, alega razões religiosas e de segurança para a interdição das festas de Natal e Ano Novo este ano.

Ministério da Religião: Natal não é para muçulmanos.
Ministério da Religião: Natal não é para muçulmanos. REUTERS/Feisal Omar
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“Nós nos opomos à celebração do Natal, que é uma festa exclusivamente cristã”, declarou o diretor do ministério da Religião, Mohamed Kheyrow, à rádio pública. “É uma questão de fé. O Natal e a sua agitação não têm nada a ver com o Islã”.

O ministério enviou um comunicado à polícia, ao serviço de informação da segurança nacional e aos responsáveis pela capital Mogadíscio, determinando que toda e qualquer celebração de Natal fosse proibida.

Ainda que a Somália seja um país maioritariamente muçulmano, não foram apresentadas razões oficiais para a interdição das festas. A medida prejudicará, sobretudo, milhares de soldados da força de paz da União Africana estacionada na Somália – militares do Burundi, Uganda e Quênia, originários de países onde a maioria da população é cristã.
 

Além disso, o país, que acaba de sair de uma guerra civil que durou vinte anos, assiste agora ao retorno de muitos somalis que chegam da Europa e dos Estados Unidos trazendo na bagagem costumes e tradições ocidentais, como as festas de fim de ano.
 

Por outro lado, as autoridades temem que as festas cristãs possam provocar novos atentados terroristas do grupo radical Al-Shabaab. No Natal de 2014, o Al-Shabaab provocou a morte de quatro pessoas num ataque à base da União Africana em Mogadíscio.
 

“O Natal não será celebrado na Somália por duas razões: todos os Somalis são muçulmanos e não há comunidade cristã no país. Outra razão é a segurança”, insistiu um porta-voz da prefeitura de Mogadíscio. “O Natal é para os cristãos, e não para os muçulmanos”, concluiu.
 

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