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Serra Leoa/Ebola

OMS anuncia fim da epidemia de Ebola em Serra Leoa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou neste sábado (7) o fim da epidemia de Ebola em Serra Leoa. O anúncio feito na capital do país, Freetown, acontece seis semanas após o último caso da doença registrado no país do oeste da África, que foi um dos mais afetados pelo vírus. A epidemia deixou quase 4.000 mortos e provocou uma brutal recessão na economia de Serra Leoa.

Profissionais de saúde no distrito de Waterloo, em Freetown (Serra Leoa). 14/10/2014
Profissionais de saúde no distrito de Waterloo, em Freetown (Serra Leoa). 14/10/2014 REUTERS/Josephus Olu-Mammah
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Entre os três países do oeste africano mais afetados pela epidemia, Serra Leoa é o segundo a se ver livre do Ebola, após a Libéria, mas as autoridades continuam vigilantes. Na vizinha Guiné, onde teve início a epidemia em dezembro de 2013, novos casos ainda são registrados.

A epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado na região central da África em 1976, provocou mais de 11,3 mil mortes entre quase 29 mil casos identificados. O número real de vítimas pode ser ainda maior, admite a OMS. Guiné, Libéria e Serra Leoa concentram 99% dos casos.

Declaração de fim da epidemia

Um país é considerado isento do Ebola quando transcorrem dois períodos de 21 dias - a duração máxima da incubação do vírus - sem o registro de nenhum novo caso. Mas os especialistas destacam que o risco persiste além dos 42 dias porque o vírus pode seguir presente em alguns fluidos corporais, como o esperma, onde pode sobreviver por até nove meses.

A OMS declarou a Libéria livre do Ebola no dia 3 de setembro, após um primeiro anúncio em maio, que foi desmentido em junho com o reaparecimento do vírus.

Os novos casos registrados na Guiné, sobretudo na província de Forecariah, perto da fronteira com Serra Leoa, recomendam muita prudência. No mais recente relatório semanal, a agência da ONU informou que 382 pessoas estavam sob vigilância na Guiné, sendo que 141 delas são consideradas de "alto risco".

Recessão

Serra Leoa foi criticada por algumas medidas extremas que adotou para erradicar o vírus, como por exemplo o confinamento de toda a população em setembro de 2014 e em março de 2015, mas não conseguiu limitar os efeitos devastadores da epidemia. Além das perdas humanas, a economia do país deve registrar perdas de pelo menos US$ 1,4 bilhão este ano e uma recessão sem precedentes de 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Banco Mundial.

O país, palco de uma das guerras civis mais violentas do continente africano, que deixou 120.000 mortos e milhares de mutilados entre 1991 e 2002, também foi afetado pela queda do preço do ferro e a baixa no setor de mineração. Os investidores internacionais fugiram de Serra Leoa por medo do vírus.
 

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