Fim da missão dos observadores internacionais em Moçambique
O Governo moçambicano anunciou o fim da missão da Equipa Militar de Observadores da Cessação das Hostilidades Militares, EMOCHIN, no final da 106ª ronda do diálogo político entre o partido no poder, Frelimo, e o maior partido da oposição moçambicana, Renamo.
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"O governo dispensa a presença da observação militar internacional, confiamos nos observadores nacionais que têm feito tudo pela paz. Confiamos na nossa capacidade, como moçambicanos, de levar a paz" refere José Pacheco, o chefe da delegação governamental nas rondas de diálogo com o maior partido da oposição, a Renamo.
Face à decisão governamental, o chefe da chefe da delegação da Renamo exige do executivo o cumprimento do acordo de cessação de hostilidades assinado em Setembro do ano passado. "Este acordo assinado por Afonso Dhlakama e o Presidente Armando Guebuza preconiza, que no cumprimento deste acordo, o país será ajudado pela comunidade internacional através do seu braço a EMOCHIN", anunciou Saimone Macuiana.
Criada em Outubro de 2014, a EMOCHM que por duas vezes falhou a sua missão de desmilitarizar os homens residuais do antigo movimento rebelde era numa primeira fase constituída pela África do Sul, Cabo-Verde, Grã-Bretanha, Itália, Portugal, Quénia, e Zimbabwe como reporta o nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa.
Correspondência de Moçambique, Orfeu Lisboa
Aos observadores nacionais foi pedido que 35 elementos da Renamo e 35 do governo continuem a missão para acompanhar o diálogo em curso com vista a alcançar consensos, como esclarece Anastácio Chembeze, um dos mediadores.
Anastácio Chembeze, mediador moçambicano
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