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Nigéria

A Nigéria acordou com um novo Presidente eleito

O opositor e candidato do Congresso Progressista, Muhammadu Buhari, foi declarado ontem à noite vencedor das eleições presidenciais na Nigéria ao oter um diferencial de 2,57 milhões de votos, ou seja 53,95% dos sufrágios, contra cerca de 45% para o seu adversário, o candidato do Partido Democrático Popular e presidente cessante Goodluck Jonathan que já reconheceu a sua derrota.  

Muhammadu Buhari foi declarado vencedor das presidenciais da Nigéria no 31 de Março de 2015.
Muhammadu Buhari foi declarado vencedor das presidenciais da Nigéria no 31 de Março de 2015. AFP FOTO /STRINGER
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Nesta que é a primeira alternância democrática no país desde a sua independência em 1960, o antigo general e antigo dirigente da junta militar que dirigiu o país entre 1983 e 1985, Muhammadu Buhari, tornou-se aos 72 anos o novo presidente eleito de um país instável, à mercê da crise económica, da corrupção e em plena guerra contra o grupo islamita Boko Haram.
Eis o retrato do novo presidente eleito da Nigéria com Leonardo Silva.

01:23

Retrato de Muhammadu Buhari por Leonardo Silva

As reacções a esta eleição não se fizeram esperar, o Secretário-geral da ONU Ban Ki Moon e o Presidente dos Estados Unidos tendo felicitado o novo presidente eleito. O Presidente da República e o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe felicitaram hoje Muhammadu Buhari, pela vitória alcançada na eleição presidencial na Nigéria. O chefe de estado Manuel Pinto da Costa manifestou "imenso prazer" pela eleição do general a quem endereçou "vivas felicitações". Buhari recebeu igualmente mensagens de encorajamento por parte do presidente francês François Hollande bem como do chefe da diplomacia da Grã-Bretanha, tendo sido globalmente saudado "o respeito pela democracia" na Nigéria. A nível interno, a vitória de Buhari tem sido celebrada, o presidente cessante Goodluck Jonathan tendo imediatamente no final da tarde de ontem felicitado o seu adversário, conforme disse publicamente o novo presidente eleito.

00:32

Muhammadu Buhari com tradução de Vítor Matias

Durante a campanha eleitoral Buhari tinha enunciado como sua prioridades a luta contra a corrupção mas também e sobretudo a guerra contra o grupo Boko Haram, este compromisso tendo desde já sido reassumido pelo novo presidente eleito, mas estas lutas serão difíceis de travar conforme disse à RFI Gustavo Plácido dos Santos, especialista de questões de segurança ligado ao Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, que por outro lado não se mostra surpreendido com a derrota de Goodluck Jonathan.

01:33

Gustavo Plácido dos Santos entrevistado por Liliana Henriques

A conflitualidade reinante no país teve nomeadamente como consequência o aumento das condenações à morte, conforme indicou hoje a Amnistia Internacional no seu relatório anual sobre a pena de morte no mundo.
De acordo com este documento, o Egipto e a Nigéria foram os dois países onde foram pronunciados os maiores números de condenações à morte no ano de 2014. Na Nigéria, o número de condenações à morte passou de 141 em 2013 para 659 no ano passado, os tribunais militares tendo condenado à pena capital 70 soldados amotinados ou desertores no quadro do conflito armado com Boko Haram, dados que não surpreendem Gustavo Plácido dos Santos.

00:56

Gustavo Plácido dos Santos entrevistado por Liliana Henriques

 

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