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Moçambique

Novo impasse entre o governo de Moçambique e a Renamo

O Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição do país, estiveram reunidos esta segunda-feira em Maputo na sua 97ª ronda de diálogo, um encontro inconclusivo que estava submetido ao debate sobre a prorrogação da presença em Moçambique da MOCHIM, Missão de Observação da Cessação das Hostilidades Militares.  

Zona ribeirinha de Maputo
Zona ribeirinha de Maputo Liliana Henriques / RFI
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Esta missão internacional que abrange representantes de 8 países iniciou o seu trabalho no ano passado tendo terminado no passado dia 23 de Fevereiro o prazo de 135 dias que lhe tinha sido concedido para monitorar o processo de cessação das hostilidades em Moçambique.

Apesar de esta questão já ter sido discutida em reuniões anteriores, ainda não se alcançou consenso nesta matéria, a Renamo reclamando um prazo suplementar de 120 dias para esta missão, enquanto o governo considera serem necessários menos dias para a MOCHIM continuar a efectuar o seu trabalho.

O impasse foi igualmente patente nesta ronda quando se abordou a despartidarização da função pública reclamada pela Renamo, a delegação do executivo considerando que os titulares de altos cargos políticos não podem ser abrangidos nesta exigência da oposição.
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.

01:31

Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique

Noutro aspecto, a emoção continua a ser grande em Moçambique, uma semana depois do assassinato em Maputo do constitucionalista de origem francesa Gilles Cistac no momento em que ele estava envolvido numa acesa polémica por ter considerado publicamente que não existem impedimentos legais para a criação de províncias autónomas, uma ideia defendida pela Renamo.

Esta segunda-feira a Procuradoria-Geral da República anunciou a criação de uma comissão para investigar a morte de Gilles Cistac, a França tendo-se igualmente disponibilizado a apoiar Moçambique neste processo. Em declarações à imprensa, Alberto Paulo, procurador-geral adjunto, explicou o modo de funcionamento desta comissão.

01:36

Alberto Paulo, Procurador-geral adjunto, em declarações recolhidas por Orfeu Lisboa

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