Tomada de posse de novo governo moçambicano :"não podemos prometer o que não temos"
Os nomes do novo Governo moçambicano foram conhecidos no sábado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Estes tomaram posse, esta tarde, em Maputo numa cerimónia que decorreu no Palácio da Ponta Vermelha, residência oficial do chefe de Estado moçambicano.
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Apesar das exigências do líder da Renamo, partido da oposição, para a formação de um governo de gestão com inclusão de membros de elementos do partido da oposição, o Presidente da República Filipe Nyusi conferiu posse a um governo com 22 ministros e 18 vice-ministros todos eles com ligações à Frelimo, partido no poder.
O novo governo conserva cinco ministros do anterior executivo e Carlos Agostinho do Rosário, antigo embaixador na Indonésia é o primeiro-ministro, sucedendo a Alberto Vaquina.
Ao novo executivo o novo Presidente da República exigiu maior controlo das despesas públicas "não podemos prometer o que não temos, mas também não podemos gastar de qualquer maneira o pouco que conseguimos. Num país que conta com tantas terras férteis, com disponibilidade de recursos hídricos e com tantas pessoas que querem trabalhar não haverá razão alguma para se falar de fome e sofrimento".
O Presidente moçambicano falou também da necessidade da distribuição equitativa dos dividendos dos recursos minerais, "como governo temos de assegurar que as oportunidades decorrentes de exploração de recursos naturais beneficiem cada vez mais os próprios moçambicanos, seus verdadeiros proprietários".
A dependência pela agricultura para sobrevivência de mais de 70% da população continuará a ser a prioridade do novo executivo como nos descreve o nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa.
Correspondência Moçambique, Orfeu Lisboa
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