Angola e RDC reforçaram cooperação
A visita nesta segunda-feira a Kinshasa do presidente José Eduardo dos Santos permitiu a assinatura de acordos de cooperação no domínio dos transportes ferroviários, fluviais, rodoviários, transfronteiriços e para operação de serviços aéreos. A emigração ilegal e a preparação de uma operação militar no leste do antigo Congo belga devem ter sido abordados nesta deslocação de escassas horas.
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Angola continua a repatriar às centenas clandestinos oriundos do Congo Kinshasa, muitos deles atraídos pelo garimpo ilegal nas províncias diamantíferas das Lundas.
A luta angolana contra a imigração ilegal tem sido severamente criticada por organizações não governamentais, com Luanda a alegar estar a agir no respeito da sua soberania e no cumprimento dos direitos humanos.
Por outro lado no passado dia 2 expirou o ultimato para a rendição dos rebeldes das FDLR, no leste da RDC. Uma operação militar deverá vir a ser programada, um assunto seguido de perto por Angola que preside neste momento a Conferência internacional dos Grandes Lagos.
Luanda descarta, porém, qualquer envio de tropas suas para a área, devendo ser os países que integram a brigada da ONU na RDC a enviar militares para o terreno (África do Sul, Malawi e Tanzânia), segundo afirmou João Lourenço, ministro angolano da defesa, citado pelo Jornal de Angola.
A visita do presidente angolano à RDC, país fronteiriço de Angola, traduziu-se, pois, na assinatura de um vasto leque de protocolos nas áreas dos transportes.
De acordo com o ministro dos transportes Augusto da Silva Tomás, citado pela agência Angop, estariam reunidas as condições para a retoma dos vôos da companhia angolana de bandeira, TAAG, para efectuar a rota entre Luanda e Kinshasa, com sete viagens por semana para tráfego de passageiros e duas de carga.
Também a questão energética e o projecto da barragem hidroeléctrica do Inga, no Baixo Congo, na RDC, podendo vir a ser a maior do mundo, com capacidade para 100 mil megawatts, devem ter merecido a atenção dos estadistas dos dois países.
Cândido Van Dunem, ministro angolano dos antigos combatentes e veteranos da pátria, e ex ministro da defesa, entrevistado por João Matos, comentou esta visita do chefe de Estado de Angola à vizinha República democrática do Congo.
Cândido Van Dunem, Ministro angolano dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
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