Moçambique: Renamo boicotou tomada de posse
A Renamo, maior força da oposição moçambicana, boicotou hoje a tomada de posse dos membros das Assembleias provinciais. O partido da perdiz denuncia, desta feita, fraudes nas eleições gerais de 15 de Outubro, ganhas oficialmente pela Frelimo, partido no poder. A Renamo exige um governo de gestão, solução já descartada pela Frelimo.
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Depois da tomada de posse das assembleias provinciais será a vez dos deputados tomarem posse no dia 12 na Assembleia da República.
Aguarda-se novo boicote da Renamo, medida que poderia vir a significar perda de mandato dos parlamentares em causa de acordo com o porta-voz da comissão permanente do hemiciclo.
Dia 15 deve ter lugar a tomada de posse de Filipe Niusi, presidente eleito, de acordo com os dados homologados pelos órgãos estatais.
A Renamo ameaçara assumir o poder nas províncias em que saíra vitoriosa.
Não é inédito este cenário de boicote dos órgãos saídos das eleições em Moçambique por parte da Renamo. Nas anteriores tal acontecera, com depois os parlamentares da Renamo a virem a ocupar os seus lugares na Assembleia da República.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo, tem mais informação.
Correspondência de Moçambique
De salientar que este boicote ocorre no dia seguinte à prisão na Matola, arredores da capital, por algumas horas do porta-voz da Renamo.
Uma captura entretanto anulada pelo Tribunal provincial de Maputo e que tinha tido como base a incitação à violência a propósito de uma manifestação organizada pelo movimento de Dhlhama denunciando alegadas fraudes eleitorais.
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