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GUINÉ-BISSAU

Segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau

Os guineenses voltaram hoje às urnas para escolher entre os dois finalistas da primeira volta aquele que deverá ser o novo presidente do país. O candidato do PAIGC, José Mário Vaz, media forças com o independente Nuno Nabian, apoiado pelo PRS, partido do ex chefe de Estado Kumba Yalá. As duas candidaturas trocam acusações sobre alegadas irregularidades ocorridas em Bafatá, leste do país. Os resultados poderão ser conhecidos dentro de cinco dias.

Votação na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau
Votação na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau Liliana Henriques/RFI
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Estas eleições inscrevem-se no regresso à ordem constitucional, exigido pela comunidade internacional, após o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 que impediu a segunda volta das eleições presidenciais.

Na altura Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro, tinha sido o candidato mais votado na primeira volta e era suposto vir a medir forças com Kumba Yalá, ex chefe de Estado (este faleceu entretanto no mês transacto, poucos dias antes da primeira volta das eleições presidenciais em curso).

Com a queda do governo e da presidência interina em Abril de 2012 (assumida por Raimundo Pereira na sequência da morte do ex presidente Malam Bacai Sanhá) a CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, instaurou autoridades de transição que era suposto virem a preparar as eleições que agora chegam ao seu termo.

Segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau

As eleições legislativas, realizadas conjuntamente com a primeira volta das presidenciais, ditaram uma maioria absoluta para o PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde, formação histórica guineense, agora sob a batuta de Domingos Simões Pereira, antigo secretário executivo da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa.

Na altura da votação, José Mário Vaz, candidato do PAIGC, ex ministro das finanças do governo derrubado no golpe de Estado, fez referência a alegadas intimidações e agressões contra agentes do seu partido em Bafatá, no leste do país.

00:58

José Mário Vaz, candidato do PAIGC

Também a candidatura do seu opositor, Nuno Nabian, se referiu a alegadas irregularidades ocorridas na mesma região do país com a alegada compra de votos.

Nuno Nabian, candidato independente apoiado pelo PRS, mostrou-se confiante na hora do voto, afirmando-se pronto a aceitar a vontade popular.

00:58

Nuno Nabian, candidato independente apoiado pelo PRS

Serifo Nhamadjo, presidente interino, ao votar apelou à mobilização do eleitorado e à manutenção da acalmia que pontuou a primeira volta.

00:59

Serifo Nhamadjo, presidente interino guineense

Augusto Mendes, presidente da CNE, Comissão nacional de eleições, ao exercer o seu direito de voto esta manhã, referia-se a uma participação a rondar os 50% em certas mesas.

01:03

Augusto Mendes, presidente da Comissão nacional de eleições da Guiné-Bissau

Reportagem da enviada especial, Liliana Henriques, em torno desta segunda volta das eleições presidenciais.

01:34

Reportagem votação

Kátia Lopes, secretária executiva da CNE, admitia a meio da tarde uma participação inferior à da primeira volta alegando que o facto de se estar em plena campanha da castanha do cajú poderá ter tido impacto nestes números.

No que diz respeito às alegadas agressões a militantes do PAIGC, denunciadas por este partido, esta dirigente remete para os órgãos competentes e afirma ter-se mantido o mesmo dispositivo de segurança da primeira volta por não existir nenhum alarme.

00:54

Kátia Lopes, secretária executiva da CNE da Guiné-Bissau

A diáspora também participava neste pleito, nomeadamente o círculo da Europa, incluindo Portugal, Espanha e França.

Neste último país a embaixadora guineense em Paris, Ília Barber, em entrevista a João Matos, deu conta de uma importante mobilização do eleitorado.

01:05

Ília Barber, embaixadora da Guiné-Bissau em França

José Ramos Horta, antigo prémio Nobel da paz, ex presidente de Timor Leste, e representante na Guiné-Bissau do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) desvaloriza os incidentes ocorridos e dá globalmente nota positiva a esta segunda volta.

00:58

José Ramos Horta, representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau

O apuramento já começou, processo que está a ser acompanhado também pela nossa enviada especial às eleições guineenses.

Guiné-Bissau: já depois do encerramento das urnas

Seco Sidibé, coordenador da plataforma de organizações infanto-juvenis "República di mininus", admite que a instabilidade política crónica do seu país tem atrasado as grandes metas para os muitos jovens guineenses.

Em conversa com a nossa enviada especial a Bissau, este dirigente infanto-juvenil guineensepassa a pente fino o contexto guineense.

06:20

Convidado Seco Sidibé por Liliana Henriques

 

 

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