Arranque da reunião do Comité Central do partido no poder em Moçambique
Desde esta quinta-feira e até domingo decorre na Matola, arredores de Maputo, a terceira sessão ordinária do Comité Central da Frelimo, reunião durante a qual se deve eleger quem vai suceder a Armando Guebuza, para liderar e representar o partido nas presidenciais de 15 de Outubro.
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No final do ano passado, a Comissão Política da Frelimo elegeu três pré-candidatos, o primeiro-ministro, Alberto Vaquina, o ministro da Defesa, Filipe Nyusi, e o ministro da Agricultura, José Pacheco. Contudo, estas escolhas não têm reunido consenso junto de certos sectores do partido, algumas vozes tendo-se pronunciado a favor da apresentação de outras candidaturas.
Depois da direcção da Frelimo ter defendido durante largas semanas que apenas a Comissão Política tinha prerrogativas para apresentar pré-candidatos, soube-se hoje que está afinal aberta a possibilidade de novas candidaturas.
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
Esta reunião, alvo de todas as atenções e todas as especulações, tem sido atentamente seguida pela imprensa nacional, antes mesmo de começar. Nas últimas semanas, tem-se pronunciado à meia voz o nome de muitos possíveis candidatos, entre os quais o antigo presidente do Parlamento, Eduardo Mulémbwé, o antigo primeiro-ministro, Aires Ali bem como Luísa Diogo, igualmente antiga primeira-ministra, os dois antigos governantes tendo supostamente avançado com as suas respectivas pré-candidaturas segundo refere hoje o diário "O País".
Os próximos dias são, por conseguinte, olhados com expectativa, designadamente pelo analista moçambicano Jorge Paulino que em entrevista à RFI, enuncia o que está em questão nesta reunião do Comité Central da Frelimo.
Analista moçambicano Jorge Paulino entrevistado por Liliana Henriques
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