Grupos extremistas islâmicos actuam em Cabo Verde ?
O Conselho de Segurança Nacional reunia esta tarde, na Cidade da Praia, para analisar questões relacionadas com o fundamentalismo islâmico no país. Uma reunião de grande importância, duas semanas após o Primeiro-Ministro, José Maria Neves, que preside esse órgão, ter admitido a presença de grupos radicais em Cabo Verde.
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A reunião do Conselho de Segurança Nacional devia analisar, nesta quinta –feira, « a problemática do radicalismo e do fundamentalismo de forma global, analisar todas as ameaças que existem em Cabo Verde, e continuar a tomar medidas firmes", tinha explicado já o Primeiro-Ministro
A RFI ouviu Anselmo Santos, membro da organização apresentada como sendo radical "Tablighi Jamaat". Este começou por explicar qual o tipo de acção desenvolvida, e a filosofia deste grupo.
Anselmo Santos entrevistado por Liliana Henriques
O semanário Cabo-Verdiano «A Nação » acusa o grupoTablighi Jamaat de ser fundamentalista. Anselmo Santos negou veemente essa acusação, argumentando que o país é pequeno, e que teria sido impossível um tal grupo treinar-se e actuar sem que o governo Cabo-Verdiano tivesse conhecimento disso.
Anselmo Santos entrevistado por Liliana Henriques
O chefe do executivo cabo-verdiano, José Maria Neves, garantiu, porém, hoje não haver qualquer actividade de grupos radicais ou fundamentalistas alegando que tais declarações seriam mera especulação.
O dispositivo que existiria seria apenas preventivo, pelo que o governante recusou qualquer alarmismo.
O primeiro-ministro prometeu firmeza contra grupos radicais que se prentendam instalar no arquipélago e referiu estar em preparação um dispositivo legal ou "Lei do sistema nacional de segurança" que permitirá avanços nesta área.
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