ARN manda encerrar três rádios na Guiné-Bissau
A rádio Sol Mansi, emissora católica guineense, suspendeu hoje a sua emissão por decisão da Autoridade Reguladora Nacional. De acordo com a entidade as rádios Quelelé e Nossa, também não reúnem as condições necessárias, contudo as duas emissões decidiram continuar a emitir.
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A notificação da Autoridade Reguladora Nacional foi enviada na passada segunda-feira. Na carta dirigida às três três rádios comunitárias, Sol Mansi, Quelelé e Nossa, a entidade dava um prazo de quarenta e oito horas para que as três emissoras suspendessem as emissões. O argumento apresentado foi de que estas três rádios não reuniam as condições para emitir e de que as suas frequências estariam a interferir com a aeronáutica nacional da Guiné-Bissau.
Argumento suficiente para a rádio Sol Mansi ter decidido supender as emissões, embora a direcção questione os motivos avançados pela Autoridade Reguladora Nacional, como nos explica o Padre David Sioco, director da emissora católica.
Padre David Sioco, director da rádio Sol Mansi na Guiné-Bissau
Posição diferente tiveram a rádios Quelelé e Nossa. O director de antena da emissora Quelelé, Dauda Dabo, disse à RFI que a direcção pediu à Autoridade Reguladora Nacional um prolongamento das exigências que foram feitas. O director sublinhou ainda que as rádios comunitárias não têm condições financeiras para adquirirem os aparelhos exigidos uma vez que dependem de ajudas externas.
Dauda Dabo, director de antena da emissora Quelelé na Guiné-Bissau
Leopoldo Rodrigues Gomes, chefe de redacção da rádio Nossa, avançou que não entende a notificação enviada pela Autoridade Reguladora Nacional, uma vez que a direcção da emissora enviou na semana passa uma ficha técnica que, na sua opinião, responde às exigências feitas pela entidade.
Leopoldo Rodrigues Gomes,chefe de redacção da rádio Nossa na Guiné-Bissau
O presidente do sindicato dos jornalistas e técnicos da Guiné-Bissau também já se pronunciou sobre a decisão da Autoridade Reguladora Nacional encerrar as três emissoras comunitárias. Mamadu Candé disse que não concorda e avançou que vai reunir com as autoridades para ter encontrar uma solução viável.
Mamadu Candé, presidente do sindicato dos jornalistas e técnicos da Guiné-Bissau
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