Adoptado o acordo internacional de paz para a RDC
Foi assinado esta manhã na sede da União Africana em Adis Abeba, o acordo de cooperação para a implementação da paz, segurança, e cooperação na RDC e na região dos Grandes Lagos, com o envolvimento de países vizinhos e da comunidade regional e internacional, designadamente a ONU.
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Foi a ONU quem propôs o documento rubricado hoje pelo seu secretário geral, Ban Ki Moon, mas também pelo presidente moçambicano Armando Guebuza, na qualidade de presidente em exercício da SADC, e seus homólogos da RDC Joseph Kabila, do Congo Sassou Nguesso, do Ruanda Paul Kagamé, da Africa do Sul Jacob Zuma, do Sudão do Sul Salva Kiir, da Tanzânia Jakaya Kikwete, e o vice-presidente de Angola Manuel Vicente.
André Ferreira explica-nos as linhas mestras deste acordo.
Acordo de paz e cooperação para a RDC
Este acordo visa pôr termo à instabilidade no leste da RDC, que causou milhares de mortos e cerca de 2 milhões de refugiados, devido às acções de grupos rebeldes armados, com destaque para o M23, composto por soldados congoleses desertores e fiéis a Bosco Ntaganda, chefe militar procurado pelo TPI.
O M23 lançou uma forte ofensiva em meados do ano passado e ocupou durante 12 dias Goma, a principal cidade do Kivu Norte, província rica em recursos minerais estratégicos.
A ONU acusou no passado o Ruanda e o Uganda de apoio ao M23. O documento hoje assinado insta os países da região a não interferirem nos assuntos internos dos países vizinhos.
Esperar para ver, é o que afirma o diplomata moçambicano Tomás Salomão, secretário executivo da SADC.
Tomás Salomão, entrevistado por André Ferreira
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