Angola nega desaparecimento de 25 mil milhões de euros
O Governo de Angola negou, esta quarta-feira, o desaparecimento de 25 mil milhões de euros. Luanda admite uma discrepância de registo contabilístico nas contas nacionais, facto que se deve ao insuficiente registo dos usos da receita petrolífera. Para a Human Rigths Watch esta justificação não é suficiente.
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A organização não-governamental Human Rigths Watch (HRW) publicou um comunicado onde apontava o dedo ao Governo angolano. Para a HRW, apesar do Executivo se ter comprometido em "aumentar a transparência" das receitas do petróleo e a auditar a Sonangol, companhia petrolífera estatal, o "desaparecimento de 32 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros) levanta sérias questões" sobre os esforços do Executivo. A HRW sublinha a necessidade de responsabilizar o poder público.
As autoridades angolanas reagiram às acusações, via agência de notícias Angop, e refutam o desaparecimento do montante em causa. O Governo justifica esta discrepância com "a falta de registo adequado das operações parafiscais realizadas pela Sonangol e por outras entidades fora do governo central".
Lisa Rimli, investigadora da secção África da HRW, refere que esta justificação do Executivo angolano é insuficiente e apela a uma declaração pública que clarifique os factos, essencialmente, ao povo angolano.
Lisa Rimli, investigadora da secção África da HRW
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