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Angola / Enclave de Cabinda

"Pirilampo" líder militar da FLEC/FAC encontrado morto no Congo Brazzaville

 Gabriel Nhemba “Pirilampo” Chefe do Estado-Maior da FLEC/FAC foi encontrado morto, na aldeia de Tanda, situada na República do Congo, na região fronteiriça com Cabinda.

Chefe de Estado Maior da  FLEC, comandante Gabriel Nhemba "Pirilampo"
Chefe de Estado Maior da FLEC, comandante Gabriel Nhemba "Pirilampo" PNN/ Rui Neumann
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A informação foi prestada à VOA por João Alberto Gomes “Noite e Dia” que substitui interinamente o comandante  “Pirilampo” e afirma que o seu corpo foi encontrado por populares “sujo, com sinais de tiros e de ter sido esfaqueado” e que os seus homens o reconheceram, pelo que não haveria dúvidas quanto à sua identidade.

Contactado em Paris, onde reside, pela agência de notícias portuguesa PNN, o presidente da FLEC, Nzita Tiago confirma o assassínio de “Pirilampo", que é "mais um mártir da luta de libertação de Cabinda” e afirma que as autoridades angolanas "raptaram Pirilampo em Ponta Negra, transferiram-no para Luanda e de novo enviaram-no para Cabinda onde o assassinaram, antes de abandonarem o seu corpo em Tanda" no Congo Brazzaville.

Nzita Tiago lança um novo repto ao presidente José Eduardo dos Santos, para que privilegie negociações pacíficas para a resolução do problema de Cabinda, e apela Portugal a "assumir as suas responsabilidades históricas, para evitar que continue o massacre em Cabinda".
A FLEC considera que o Enclave de Cabinda é um protectorado português, no âmbito do Tratado de Simulambuco, assinado em 1855,

Nzita Tiago sublinha ainda que “a comunidade internacional não pode continuar a apoiar os actos de terrorismo estatal de Angola”.

“Pirilampo” cujo corpo se encontra na morgue de Ponta Negra, no Congo Brazzaville, tinha sido detido no passado dia 2 de Março.

Angola considera que foram alcançados progressos evidentes em Cabinda

O governo de Angola, em documento divulgado nesta quarta-feira (9/03/2011) em Luanda, considera que foram alcançados “progressos evidentes” na estabilização, reconstrução e desenvolvimento de Cabinda e reitera a sua “disponibilidade e determinação”, para prosseguir os esforços políticos para a conclusão da paz e reconciliação nacional em Cabinda.
O documento refere no entanto que persistem “factores de instabilidade potencial” designadamente "actos de subversão e terrorismo" assumidos pelos independentistas da FLEC.
É citado, entre outros um ataque perpetrado no passado dia 28 de Fevereiro contra uma coluna das Forças Armadas Angolanas, que levou o Governo “a orientar as FAA e a polícia, para no quadro da sua missão constitucional, darem resposta operacional às ameaças da FLEC-FAC na província de Cabinda”.
Foram assim lançadas operações conjuntas entre os dias 1 e 3 de Março, que e ainda segundo o mesmo documento culminaram "na desarticulação de bases dos independentistas ao longo da fronteira com o Congo, tendo causado baixas dos dois lados".

04:45

Rui Neumann, jornalista

Rui Neumann, jornalista da PNN, que conheceu bem o comandante "Pirilampo" no quadro de diferentes reportagens sobre Cabinda, traça um breve perfil do guerrilheiro e considera a sua perda muito importante para a estrutura militar da FLEC/FAC.

 

 

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