Avaliação negativa da industrialização em África
A organização das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial faz uma avaliação negativa da industrialização no continente africano. O responsável pela UNIDO Moçambique, Jaime Comiche, refere que a industrialização é marginal, particularmente, na África Subsariana.
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A organização das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial (UNIDO) foi mandatada pela assembleia das Nações Unidas, nos anos 90, para apoiar os estados do continente africano na promoção da industrialização. Vinte anos depois, a organizaçäo conclui que os objetivos não foram alcançados e que o continente tem um longo caminho a percorrer no setor da industrialização.
Jaime Comiche, representante da organização em Moçambique, reconhece que nos países em via de desenvolvimento, particularmente na África Subsariana, a industrialização é marginal e garante que Moçambique é um mau exemplo.
O valor da industrialização africana representa na região da SADC 15 por cento do produto interno bruto (PIB) , já nos países da comunidade de língua portuguesa, CPLP, a industrialização representa 13 por cento do PIB, deixando o continente abaixo da média. Uma realidade que os responsáveis da UNIDO querem alterar, pois acreditam que a soluçäo passa pela forte aposta na manofatura.
Para Jaime Comiche é fundamental que a economia africana passe a exportar os produtos acabados, em vez de exportar apenas a matéria-prima. “O que acontece é que nos exportamos a matéria-prima e depois vamos importar o produto acabado feito com as nossas próprias matérias-primas”, acrescenta o representante da organização em Moçambique.
Orfeu Lisboa, Correspondente em Moçambique
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