Moçambique debate planeamento familiar
Maputo acolhe um encontro do Fundo das Nações Unidas para a população, o objetivo é envolver o homem no planeamento familiar, reduzir a gravidez precoce e aumentar o uso de contracetivos de forma a diminuir a elevada taxa de natalidade que é considerada elevada nos países africanos.
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Ao contrário do que acontece com os países desenvolvidos que cada vez mais assistem ao diminuir da taxa de natalidade, os países africanos vivem a braço com o problema das elevadas taxas de natalidade. Uma realidade que muitas vezes não se coaduna com os rendimentos auferidos que são, demasiado, curtos para alimentar o agregado familiar cada vez mais numeroso.
Atenta a esta situação está o Fundo das Nações em Unidas para a População que em Moçambique, um dos países da África Lusófona, com maior taxa de natalidade, e durante os próximos dias vai debater com ONG’s, representantes dos ministérios da saúde, ação social de Angola, Guiné Bissau Cabo Verde e São Tomé e Príncipe o planeamento familira da África Lusófona.
Este encontro pretende desenvolver ações que evitem a gravidez precoce, aumentar o uso de contracetivos, para que, assim, se consiga controlar a taxa de natalidade. Outro dos desafios deste organismo é envolver os homens no planeamento familiar, uma vez que o papel masculino na saúde reprodutiva da mulher não é, atualmente, representativo.
Patricia Guzman, representante do Fundo das Nações Unidas para a População, em Moçambique, defende a existência de diálogo, entre homem e mulher, para que ambos possam decidir, de forma coerente, o número de filhos que o casal possa vir a ter. A responsável, refere ainda, que muitas vezes a falta de informação, os valores culturais, resultam em famílias numerosas para a capacidade financeira do casal.
O Fundo das Nações em Unidas para a População pretende aplicar as sugestões, que irão sair deste encontro em Moçambique, a todos os países da África Lusófona.
Orfeu Lisboa, Correspondente em Maputo
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