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Guiné-Bissau

Ministro das Finanças ameaça demitir-se se a comunidade internacional não avançar com os apoios financeiros

A Comunidade internacional, cansada com constantes crises na Guiné-Bissau, recua nas promessas de apoios financeiros. O Ministro das Finanças, José Mário Vaz, ameaça demitir-se. Diz ser impossível gerir o país sem apoios da comunidade internacional.

Sede e logotipo do FMI
Sede e logotipo do FMI AFP/Tim Sloan
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Com o nosso correspondente em Bissau, Mussa Baldé

É a consequência dos acontecimentos militares do passado dia 01 de Abril. O ministro das Finanças, José Mário Vaz diz que se demite do cargo se persistir o braço de ferro entre as autoridades guineenses e a comunidade internacional. É que alguns parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau não escondem os sinais de cansaço pelas constantes crises no país e por via disso, estão a voltar atrás ou a cancelar as promessas de ajuda financeira.
José Mário Vaz disse mesmo que sem as ajudas da comunidade internacional seria impossível gerir o país. Mário Vaz afirmou que até aqui tem vindo a honrar os compromissos do Estado e a pagar os salários aos funcionários públicos com receitas internas, mas se não vierem os apoios prometidos a situação será insustentável ao nível do Tesouro Publico guineense.

Mas, a grande preocupação do ministro das Finanças é o chamado ponto de conclusão, ou seja, atingir, até julho as metas fixadas ao país pelo Fundo Monetário Internacional, metas que levariam o país a ser incluído no lote daqueles que irão beneficiar do perdão da dívida externa. Por este andar, com uma forte pressão interna com os salários e necessidades urgentes dos militares, isto é recuperação das casernas e tendo os cofres quase vazios, Mário Vaz, só vê uma saída….a sua demissão do cargo de ministro das Finanças.

Ao nível da comunidade internacional, os sinais de recuo ou de expectativa são mais do que evidentes : a União Europeia, que é a principal financiadora da reforma nas Forças Armadas, cancelou até setembro a decisão para se avançar com a implementação do programa.

Entretanto, uma reunião com dos doadores da Guiné-Bissau que deveria ter lugar no dia 06 de Junho em Nova Iorque foi cancelada para ter lugar, talvez, no mês de julho. Nessa reunião, Bissau vai pedir um envelope financeiro de 56 biliões de Francos CFA, cerca de 85 milhões de euros, para o fundo de pensões de reforma dos militares a serem desmobilizados.
 

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