Acessar o conteúdo principal

Uganda registra primeira morte pelo vírus Ebola desde 2019

Uganda, país localizado na África Oriental, não registrava mortes provocadas pelo vírus Ebola havia três anos. Porém, nesta terça-feira (20), o ministério da Saúde anunciou um foco da doença no distrito de Mubende, na região central do país. A vítima morreu, de acordo com as autoridades, que se preocupam com uma possível retomada da epidemia.

O vírus pode ser fatal, embora atualmente existam vacinas e tratamentos contra esta febre hemorrágica, que é transmitida aos humanos por animais infectados. Foto ilustrativa
O vírus pode ser fatal, embora atualmente existam vacinas e tratamentos contra esta febre hemorrágica, que é transmitida aos humanos por animais infectados. Foto ilustrativa © twitter ministère Santé de Côte d'Ivoire (Santeci)
Publicidade

"O caso confirmado é de um homem de 24 anos, que apresentou sintomas da doença e faleceu, afirmou o ministério da Saúde no Twitter. O caso, identificado a cerca de 150 quilômetros a oeste da capital Kampala, foi provocado por uma cepa rara do vírus procedente do Sudão, que não era mais observada em Uganda desde 2012, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, anunciando o envio de uma equipe para ajudar nas investigações e nas medidas a serem tomadas. “Atualmente, existem oito casos suspeitos recebendo cuidados em uma unidade de saúde”, acrescentou a OMS África, em um comunicado.

Uganda já registrou várias epidemias de Ebola antes, a mais recente em 2019, com um balanço de cinco mortos. O vírus pode ser fatal, embora atualmente existam vacinas e tratamentos contra esta febre hemorrágica, que é transmitida aos humanos por animais infectados. A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais. Os principais sintomas são: febre, vômitos, sangramento e diarreia.

A doença já matou milhares de pessoas em toda a África desde a sua descoberta, em 1976, na República Democrática do Congo (RDC). Este país, vizinho de Uganda, registrou 14 epidemias de Ebola, a mais recente delas entre abril e julho de 2022. Em um surto anterior, em 2000, 200 pessoas morreram.

Vacinação

O Ministério da Saúde de Uganda destacou a sua "excepcional experiência na gestão de surtos e epidemias desta natureza" e anunciou que vai reforçar as suas operações de "vigilância e sensibilização" no distrito de Mubende, pedindo à população "para que se mantenha vigilante e calma".

As pessoas infectadas só se tornam contagiosas após o início dos sintomas, depois de um período de incubação que varia de 2 a 21 dias.

A doença tem seis cepas diferentes, três das quais (Bundibugyo, Sudão, Zaire) já causaram grandes epidemias. “As taxas de mortalidade da cepa sudanesa variaram de 41% a 100% em surtos anteriores”, explicou a OMS.

A ministra Jane Ruth Aceng Ocero disse que as autoridades começaram a vacinar os "trabalhadores da linha de frente" (trabalhadores de saúde, segurança, imigração e alfândegas) nas áreas de fronteira com a RDC.

Um caso de Ebola também foi relatado em agosto na província de Kivu do Norte, no Congo, que faz fronteira com Ruanda e Uganda, menos de seis semanas após um surto no leste da RDC, o 14º na história do país, e de ter sido declarado extinto.

O surto mais mortal no continente ocorreu entre 2013 e 2016 na África Ocidental e custou mais de 11.300 vidas.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.