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Começa em Cabo Verde julgamento da tripulação brasileira de navio pesqueiro apreendido com cocaína

Começou nesta segunda-feira (9) em Cabo Verde o julgamento do comandante e dos três membros da tripulação do navio pesqueiro brasileiro “Perpétuo Socorro de Abaete II”, apreendido em agosto de 2019 com 2,2 toneladas de cocaína a bordo. De acordo com o comandante do navio, que negou ter conhecimento de que transportava a droga, o barco tinha como destino a Guiné Bissau.  

O caso fez disparar o número de apreensões de cocaína em Cabo Verde.
O caso fez disparar o número de apreensões de cocaína em Cabo Verde. RFI/Odair Santos
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A revelação foi feita na segunda-feira (9) no Tribunal da Praia, capital de Cabo Verde, pelo comandante Luís Gregório. O comandante adjunto Daniel da Silva confirmou a versão de Gregório, reiterando, no entanto, que, segundo os mapas da viagem, o destino era a “Guiné”, ficando depois na dúvida entre a Guiné-Bissau e a Guiné Conacri.

Neste primeiro dia de julgamento, o comandante do pesqueiro de cidadania brasileira afirmou que ele e mais quatro brasileiros foram contratados para levar o barco de Belém do Pará até a Guiné com alimentos e 30 toneladas de óleo diesel.

Contudo, a embarcação, que teria navegado mais de três mil quilómetros, foi interceptada pela polícia cabo-verdiana, numa operação conjunta com a polícia do Brasil e de Portugal.

Depois do tribunal ouvir, ontem, o comandante e um tripulante do navio brasileiro, o julgamento continuou nesta terça-feira (10) com o interrogatório dos demais três membros da tripulação, que se encontram em prisão preventiva.

Do lado da defesa dos brasileiros, o advogado José Enrique acusou as autoridades cabo-verdianas de tê-los detido em águas internacionais, fora da competência das autoridades cabo-verdianas, tendo o tribunal confirmado que a operação teve autorização do Brasil e respeitou a convenção das Nações Unidas sobre o tráfico de droga.

O caso fez disparar o número de apreensões de cocaína em Cabo Verde.

Mesmo assim, na semana passada o procurador-geral da República, Luís  José Landim, se queixou da falta de cooperação de alguns país na investigação e desmantelamento de redes de tráfico de drogas.

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