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Israel/palestinos

Israel reforça segurança após ataques de palestinos

O governo israelense adotou neste domingo (18) novas medidas de segurança após o aumento de agressões de palestinos usando armas brancas e do ataque a um grupo de colonos que visitavam ilegalmente um lugar sagrado na Cisjordânia.

Palestinos lançam pedras contra tropas israelenses durante confrontos na cidade de Hebron, na Cisjordânia.
Palestinos lançam pedras contra tropas israelenses durante confrontos na cidade de Hebron, na Cisjordânia. REUTERS/Mussa Qawasma
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O incidente no túmulo de José, na Cisjordânia, e a onda de ataques quase diários contra soldados e civis israelenses desde o dia 1° de outubro, desencadearam uma espiral de violência que muitos temem virar uma terceira intifada, nome dado à revolta popular dos palestinos.

Israel criou novos postos de controles em áreas palestinas na parte oriental de Jerusalém e reforçou o trabalho dos policiais com o envio de muitos militares. No local foram registrados muitos ataques de jovens palestinos armados com facas contra soldados e civis.

Até o momento, 41 palestinos morreram por disparos de armas após tentativas de esfaquear os israelenses.

Ataque a grupo de judeus

Neste domingo, vários israelenses que visitavam o túmulo de José, um lugar considerado sagrado para o judaísmo e que foi incendiado na sexta-feira passada, foram agredidos por palestinos antes de serem retirados pelo exército.

O grupo, formado por cerca de 30 pessoas, entrou na cidade de Nablus na madrugada deste domingo, sem autorização do exército. Quando chegaram ao local, foram atacados por palestinos. Os judeus foram evacuados por soldados israelenses com a ajuda de policiais palestinos.

A polícia israelense considerou a visita "totalmente irresponsável" e afirmou que o incidente poderia ter terminado de foram trágica.

Para os judeus, o local abriga os restos morais de José, um dos doze filhos de Jacó. O túmulo também é venerado pelos samaritanos, um grupo étnico-religioso separado do judaísmo, e pelos muçulmanos, que acreditam que no túmulo está sepultado o corpo de um líder religioso local.

O incidente acontece um dia depois de uma onda de violência na Cisjordânia e na parte oriental de Jerusalém que terminou com quatro palestinos mortos, entre eles uma adolescente de 16 anos. Eles foram abatidos ao tentarem atacar com facas soldados israelenses.

Durante a noite, um grupo de cerca de dois mil militantes da esquerda israelenses se reuniu no centro de Jerusalém para pedir paz entre as duas comunidades.

Críticas à França

Israel expressou neste domingo sua indignação com a proposta do governo francês de uma presença internacional na Esplanada das Mesquitas, em Jereusalém. O governo de Israel acusou Paris de "recompensar o terrorismo".

Em um comunicado, o ministério israelense das Relações Exteriores afirma que a França, ao elaborar um texto "apresentando como suas as acusações feitas por dirigentes palestinos sobre a mudança do status quo do Monte do Templo (nome dado pelos judeus à Esplanada das Mesquitas), recompensa o terrorismo iniciado pelos palestinos".

O governo francês anunciou sua intenção de propor ao Conselho de Segurança da ONU uma declaração que prevê a presença internacional na Esplanada, foco permanente de tensão entre palestinos e israelenses. O local é regido por um conjunto de normas, conhecido como status quo, que permite o acesso dos judeus à Esplanada, mas que proíbe que eles façam orações.
 

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