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Afeganistão/Talibãs

Líder talibã comemora ataques e confirma discussões com EUA

O mulá Omar, chefe dos talibãs, comemorou o sucesso da rebelião afegã e confirmou ter iniciado negociações com os americanos, em uma mensagem publicada nesta sexta-feira por ocasião da festa muçulmana de Aid el Fitr que marca o fim do jejum do ramadã.

Ataque dos talibãs contra as forças da Otan na província de Samangan, em 18 de julho de 2012.
Ataque dos talibãs contra as forças da Otan na província de Samangan, em 18 de julho de 2012. REUTERS/ Stringer
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O líder talibã, que raramente se exprime, festejou os avanços registrados por seus comandados durante ofensivas recentes que, segundo ele, permitiram aos talibãs atingir todas as regiões do Afeganistão e de colocar na defensiva as forças governamentais afegãs e seus aliados da Otan.

O mulá Omar, em fuga desde a queda de seu regime no final de 2001 e que muitos afirmam estar refugiado no Paquistão, reivindica na mensagem a série de ataques violentos contra soldados ou policiais afegãos e militares da Otan. Segundo o líder, os atentados são resultado da forte infiltração dos talibãs no país.

Os ataques, que se multiplicaram no último ano, provocaram a morte de 39 militares ocidentais em 2012, entre eles dois soldados americanos na manhã desta sexta-feira.

A força internacional da Otan no Afeganistão (Isaf), que conta com cerca de 130 mil homens, a grande maioria americanos, admite que o número de ataques cresceu nos últimos meses no país. No entanto, a Isaf minimiza a importância da presença dos talibãs.

Negociações

Em sua mensagem de sete páginas, o mulá Omar explica que o início das negociações com os Estados Unidos “não significa absolutamente uma submissão ou o abandono dos nossos objetivos”.

Os talibãs sempre se recusaram a discutir com o governo do presidente Hamid Karzaï, que eles consideram ilegítimo. O chefe dos talibãs lembrou que as discussões preliminares com os americanos, que visam principalmente a troca de prisioneiros, foram suspensas no início do ano.

Os insurgentes aguardam principalmente a libertação de cinco combatentes talibãs detidos na base militar de Guantânamo. Como sinal de que pensa sobre a situação que vai prevalecer no país após a retirada dos Ocidentais, em 2014, o mulá anuncia que os talibãs “vão se esforçar para entrar em acordo com outras facções afegãs após a retirada dos invasores”.

A Isaf prevê a retira total do contingente no Afeganistão até o final de 2014 mas os Estados Unidos pretendem manter algumas tropas no país depois dessa data.
 

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