Israel acusa Irã pelo atentado na Bulgária

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu acusa o Irã e o Hezbollah de terem planejado o atentado que matou 7 pessoas, na cidade de Bourgas, na Bulgária. As vítimas eram 6 turistas israelenses e um búlgaro, motorista do ônibus do grupo.

Ataque matou turistas isralenses que desembarcavam na região do Mar Negro RFI Image

A televisão de Estado iraniana classificou a acusação israelense de "ridícula" e diz que Israel não tem provas da ligação iraniana com o ataque. Segundo Benjamin Netanyahu, o atentado, que feriu também 32 pessoas, teria sido executado por um kamikaze ligado ao Hezbollah libanês, grupo xiita ligado ao regime de Teerã. O único documento encontrado com o kamikaze, segundo o ministro búlgaro do Interior, Tsvetan Tsvetanov, foi uma carteira de motorista falsificada, emitida pelo estado de Michigan, nos Estados Unidos. O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, declara que Israel estaria enfrentando "uma onda mundial de terrorismo", comandada por Teerã.

Apesar das acusações de Israel, nenhum grupo terrorista reivindicou o atentado até esta quinta-feira. O ataque ocorreu quando um grupo de turistas isralenses desembarcava no aeroporto de Bourgas, região do Mar Negro. Ao entrarem no ônibus que transportaria o grupo, uma explosão causada por um kamikaze teria matado sete ocupantes do ônibus e o motorista além de ter ferido pessoas que circulavam no terminal do aeroporto.

O atentado na Bulgária coincide com o aniversário de 18 anos do atentado contra judeus argentinos em Buenos Aires, que matou 85 pessoas e feriu cerca 300. O ataque teria sido organizado pelo Irã, segundo o serviço secreto israelense.

O presidente americano Barack Obama condenou o atentado e prometeu "toda ajuda necessária" dos Estados Unidos para identificar os responsáveis. A Itália também reagiu, prometendo total auxílio à Israel e proteção dos cidadãos israelenses em solo italiano.